SP: Lula sobrevoa áreas atingidas e cobra 'lugar seguro' para as pessoas recomeçarem
Temporal que atingiu o estado causou ao menos 36 mortes; 970 pessoas estão desalojadas e 747 estão desabrigadas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a São Paulo por volta das 10h (horário de Brasília) desta segunda-feira, 20, para acompanhar os estragos causados pelas chuvas que atingem no litoral paulista. O temporal, que atingiu o estado no final de semana, causou ao menos 36 mortes. Além disso, 970 pessoas estão desalojadas e 747 estão desabrigadas.
O voo com o presidente pousou em São José dos Campos (SP) e de lá ele pegou um helicóptero para sobrevoar São Sebastião, ao lado do governador Tarcísio de Freitas. Após sobrevoar as áreas mais atingidas pelas chuvas nas últimas horas, os dois concederam entrevista coletiva no Teatro Municipal de São Sebastião, no centro da cidade.
O presidente cobrou que o prefeito Felipe Augusto (PSDB) realocasse os moradores que perderam suas casas em uma área segura. Lula citou outros casos de desabamento de imóveis que, sete anos depois, o problema habitacional ainda persiste.
"Desta vez, prefeito, você vai ter certeza de que os problemas da construção de casas para as pessoas que perderam as suas casas vai acontecer de verdade. Por isso, queria que você pensasse um lugar seguro para que as pessoas pudessem recomeçar suas vidas, para que a gente pudesse começar a reconstruir a moradia do povo de São Sebastião", disse Lula.
O presidente ainda destacou a união dos três entes federativos - Presidência, Estado e Município - em prol de uma causa comum a todos, mesmo que tenham pensamentos diferentes.
"Acabou a eleição, estamos aqui juntos, cada um com sua obrigação, mas para fazer tudo andar", acrescentou.
O governador Tarcísio de Freitas, que decretou estado de calamidade em Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba, confirmou que mais de 600 pessoas estão atuando nas ações de resgate e identificação das vítimas das chuvas. O grupo reúne equipes do governo, Forças Armadas, Polícia Federal, prefeitura de São Sebastião e voluntários.