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SP: manifestantes interditam avenida Paulista em protesto

5 nov 2013 - 20h56
(atualizado em 6/11/2013 às 09h02)
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Mascarados fecham parcialmente a Av. Paulista; polícia acompanha:

Manifestantes se reuniram no início da noite desta terça-feira em protesto, no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, em São Paulo. O ato ocorre em celebração ao personagem histórico britânico Guy Fawkes, representado na máscara usada pelo protagonista do filme V de Vingança, vista em diversas pessoas em manifestações em todo o País. 

A concentração do evento estava agendada para as 18h. De acordo com a Polícia Militar, 160 se reuniram no Masp e partiram em passeata pela avenida Paulista por volta das 19h.

Segundo a PM, o grupo pedia também mais investimentos públicos na saúde e educação. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o ato bloqueou totalmente o trânsito no sentido Paraíso da avenida Paulista por volta das 19h55.

Por conta da manifestação, a CET recomendou aos manifestantes que evitassem a região por volta das 20h. Às 20h15, os manifestantes seguiam em passeata pela avenida Brigadeiro Luís Antônio. 

Cinco detidos

A manifestação desta terça terminou com cinco pessoas detidas, entre elas três adolescentes. Houve confronto entre policiais e participantes, depois que rojões foram atirados contra membros da corporação. O protesto, que terminou por volta das 23h.

Os manifestantes foram encaminhadas para o 78º Distrito Policial. A Secretaria de Segurança Pública não soube informar se eles permanecem presos. 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus. A mobilização surtiu efeito e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas – o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos.

Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014,

a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritiba,

SalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. "Essas vozes precisam ser ouvidas", disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: Terra
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