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SP: metroviários decidem em assembleia continuar a greve

8 jun 2014 - 15h42
(atualizado às 16h36)
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Categoria decide futuro da greve em assembleia na zona leste de São Paulo
Categoria decide futuro da greve em assembleia na zona leste de São Paulo
Foto: Paulo Lopes / Futura Press

Os metroviários de São Paulo decidiram, em assembleia na tarde deste domingo, continuar a greve da categoria, que entrou hoje no quarto dia de paralisação. Os trabalhadores se reuniram na zona leste de São Paulo depois que a Justiça do trabalho considerou abusiva a greve da categoria, que desde quinta-feira paralisou o funcionamento do metrô na cidade de São Paulo.

Uma nova assembleia está marcada para segunda-feira, às 13h, na sede do sindicato. No início da manhã, às 7h, a categoria fará um ato público na estação Ana Rosa. O protesto terá a participação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e outros movimentos sociais.

Segundo o desembargador Rafael Pugliese e relator do processo, "não houve atendimento mínimo à população, gerando grande transtorno, inclusive, no âmbito da segurança pública”. O tribunal decidiu ainda pela manutenção do pagamento da multa diária de R$ 100 mil pela paralisação ao Sindicato dos Metroviários em São Paulo, que será revertida ao Hospital do Câncer. 

Os desembargadores também decidiram que, caso os trabalhadores mantenham a greve, o sindicato deve pagar multa de R$ 500 mil por dia a partir de amanhã. O julgamento concluiu pela autorização do desconto pelos dias parados, além de não assegurar a estabilidade dos grevistas.

A Justiça determinou o reajuste salarial da categoria em 8,7%, última proposta feita pelo Metrô. O colegiado estabeleceu ainda o valor do vale-alimentação mensal para R$ 290 mais parcela extra anual; e o vale-refeição diário para R$ 669,16. Outra definição importante do julgamento refere-se ao piso salarial dos engenheiros, no valor de R$ 6.154. 

No fim da tarde de ontem, o Sindicato dos Metroviários em São Paulo decidiu em assembleia que a categoria continuar com a greve. Segundo o órgão, oito centrais sindicais ofereceram apoio à greve dos metroviários neste sábado. Entre elas, estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical.

Na sexta-feira, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) manteve a última proposta de reajuste salarial feita à categoria em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), de 8,7%. 

Segundo o Tribunal, independentemente do resultado do julgamento de hoje, os metroviários deverão voltar ao trabalho logo após a sessão. Mas os trabalhadores dizem que a greve é por tempo indeterminado. 

Fonte: Terra
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