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SP: metroviários propõem catraca livre para finalizar greve

5 jun 2014 - 14h17
(atualizado às 15h33)
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Passageiros pularam a catraca na manhã desta quinta em Itaquera
Passageiros pularam a catraca na manhã desta quinta em Itaquera
Foto: Peter Leone / Futura Press

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo disse, nesta quinta-feira, que os funcionários em greve aceitariam voltar ao trabalho caso o governo do Estado aceite o funcionamento do Metrô sem a cobrança de tarifas. Em entrevista ao Terra, o presidente do sindicato Altino Melo Prazeres falou que essa proposta já foi colocada na mesa e rejeitada pela Companhia do Metrô.

“Durante a nossa greve, vários usuários reclamam da locomoção, mas nós voltaríamos a trabalhar em caso de liberação da catraca, mas o governo não aceita essa proposta. Eles alegam que causaria prejuízo, mas o Metrô parado também dá prejuízo, ou seja, acho que eles não estão preocupados com a população”, disse o sindicalista.

Sobre a possibilidade de liberar as catracas, o presidente do Metrô,  Luiz Antônio de Carvalho Pacheco, ressaltou que não há sentido em fazer isso porque a bilhetagem é a única fonte de receita do Metrô. Ele disse que a liberação das catracas geraria prejuízo não só para o Metrô, mas também para os funcionários. “O Estado de São Paulo investe R$ 5 bilhões por ano na expansão, e o Metrô faz a operação por meio da venda dos bilhetes. Se estamos negociando melhores condições salariais, é um contrassenso perder receita."

Segundo Altino, no início da tarde de hoje representantes do sindicato se reuniram com o superintendente regional do Trabalho e Emprego, Luiz Antonio de Medeiros. “Nós fomos à reunião, mas o Metrô mandou apenas um advogado, que não fez nenhuma proposta nova. Por enquanto seguimos de greve, até o próxima audiência no TRT”, disse.

A próxima audiência de conciliação ocorre às 15h30, no Tribunal Regional do Trabalho. Caso um acordo seja estabelecido, a greve pode terminar ainda hoje.

Paralisação

Apesar da decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que, na quarta-feira, concedeu liminar que determina a manutenção de 100% do funcionamento do Metrô nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e de 70% nos demais horários de operação nesta quinta-feira, três das cinco linhas do Metrô de São Paulo foram paralisadas no início desta manhã, por conta da greve dos metroviários paulistas.

De acordo com a Companhia do Metropolitano, por causa da paralisação, os trens das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha não circulavam no início da manhã. Apenas as linhas 4-Amarela e 5-Lilás operavam normalmente. Os trens da 5-Lilás iniciaram o dia parados, mas por volta das 5h30, segundo o Metrô, começaram a circular. Às 6h28, o Metrô informou que as Linhas 1, 2 e 3 passaram a operar parcialmente, mas as portas continuavam fechadas em muitas das estações.

Na zona leste da cidade, usuários dos trens da CPTM também encontraram dificuldades na estação Corinthians-Itaquera. A estação que interliga as linhas 3-Vermelha (Metrô) e 11-Coral (CPTM) também foi fechada, o que provocou tumulto. Passageiros derrubaram o portão da estação de trem e, em poucos minutos, invadiram a linha da CPTM.

Para auxiliar no transporte de passageiros, a SPTrans elaborou um plano de emergência com ônibus extras para as regiões atendidas pelo Metrô.

Fonte: Terra
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