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SP: motoristas decidem voltar ao trabalho nesta quinta-feira

21 mai 2014 - 19h57
(atualizado às 20h26)
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O superintendente de Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Antônio Medeiros, participa de reunião com representantes de empresas de ônibus e do sindicato de motoristas e cobradores para definir o fim da greve, na Superintendência do Trabalho, centro de São Paulo (SP)
O superintendente de Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Antônio Medeiros, participa de reunião com representantes de empresas de ônibus e do sindicato de motoristas e cobradores para definir o fim da greve, na Superintendência do Trabalho, centro de São Paulo (SP)
Foto: André Lucas Almeida / Futura Press

Após quase três horas de reunião, o grupo de motoristas e cobradores de ônibus que liderou a paralisação em São Paulo decidiu voltar ao trabalho a partir da meia-noite desta quinta-feira. O encontro ocorreu na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho, com a presença dos advogados dos sindicatos patronais e representantes da prefeitura e dos trabalhadores.

O superintendente Luiz Antônio Medeiros anunciou que irá intermediar um encontro entre trabalhadores e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). A ideia é que ele converse com os empresários para que reabram as negociações salariais. "A nossa ideia é buscar uma solução rápida para o fim da greve, levando em conta os interesses dos trabalhadores", disse o superintendente, acrescentando que as empresas deveriam retomar as negociações com a categoria.

O advogado dos sindicatos patronais, Antônio Roberto Pavani Junior, disse que uma liminar, conseguida pelas empresas, garante o funcionamento de 75% das linhas de ônibus da cidade. A determinação veio da desembargadora Rilma Hemetério, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região. De acordo com ele, uma audiência foi agendada para o início da tarde de amanhã no TRT para julgar o movimento grevista.

"Nós entendemos que as negociações já ocorreram. Foram aprovadas em assembleia. Em virtude disso, não aceitamos esse tipo de movimento, senão você não tem segurança nenhuma. Você aprova uma assembleia do sindicato e amanhã outra facção vem com outro entendimento", disse o advogado.

Os representantes dos grevistas disseram que não há divergências com o sindicato. Segundo eles, grande parte da categoria não pôde comparecer à assembleia para apreciar a proposta aprovada.

O motorista da Viação Gato Preto, Paulo Martins do Santos, um dos representantes dos trabalhadores, disse que a categoria pode voltar a parar. "O que ofereceram para gente é muito pouco e não sou eu que estou dizendo. É o povo lá fora. Se não reabrirem as negociações, nós voltamos a parar".

O cobrador Valtércio da Silva, da Viação Sambaíba, reiterou o apoio ao sindicato e disposição para buscar melhor negociação. "Retornaremos ao serviço a partir de amanhã. Não estamos contra nosso sindicato. Nossa reivindicação é contra os empresários".

O presidente do sindicato da categoria, Valdevan de Jesus Santos, negou falha de comunicação com a categoria e nas negociações e disse que durante a conversa as divergências foram sanadas.

Prefeitura

Nesta tarde, a prefeitura de São Paulo notificou os sindicatos que representam patrões e empregados no transporte coletivo para que seja encerrada a paralisação iniciada na manhã dessa terça-feira e que, ainda nesta quarta, parou ônibus e fechou terminais por toda a cidade.

Nas notificações, tanto o texto para o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (SP Urbanuss) quanto para o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário e Urbano afirma que a paralisação é “infundada e ilegal”. As notificações ainda pontuaram que, caso a paralisação não seja suspensa, o Município adotará medidas cíveis (tais como as multas) e penais contra as duas entidades.

Mais cedo, o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, definiu como "estranha" a paralisação após acordo coletivo e falou de atos criminosos por parte de grevistas. Também foi suspenso o rodízio municipal. A decisão de liberar a circulação de todos os carros teve como objetivo amenizar os impactos da interrupção na circulação dos ônibus.  

Foto: Arte / Terra

Com informações da Agência Brasil

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