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SP: MPL faz protesto por melhoria no transporte da capital

23 out 2013 - 23h05
(atualizado às 23h06)
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O Movimento Passe Livre (MPL) faz uma manifestação nesta quarta-feira na zona sul da capital paulista por melhorias no transporte público. Os manifestantes saíram em passeata pela avenida Belmira Marin, nas proximidades do Terminal Grajaú, e seguiram pela avenida Senador Teotônio Vilela.

De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), às 20h15, os ativistas ocupavam duas das cinco faixas da avenida. O movimento pede a criação de linhas circulares de ônibus entre os bairros 24 horas por dia, a volta das linhas diretas dos bairros para o centro da cidade e a construção imediata das estações de trem nos terminais Varginha e Parelheiros, também na zona sul.

De acordo com a Polícia Militar, não houve registro de violência ou confronto. Uma pequena confusão ocorreu porque alguns perueiros tentaram impedir que os manifestantes fechassem todas as faixas da avenida. Uma catraca foi queimada pelos manifestantes, mas a situação se normalizou em seguida.

A manifestação faz parte da Semana de Luta Pelo Transporte Público, promovida pelo MPL. Amanhã, está previsto mais um novo ato no Campo Limpo, também na zona sul. Na sexta-feira, o protesto deverá ocorrer na avenida Paulista.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus. A mobilização surtiu efeito e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas – o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim

que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como 

uma das maiores jornadas populares

dos últimos 20 anos

. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já

inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a

nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em 

São PauloRio de JaneiroCuritiba

SalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. "Essas vozes precisam ser ouvidas", disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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