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SP: MTST protesta e exige negociação de terreno no Morumbi

7 jul 2014 - 11h06
(atualizado às 15h31)
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Membros do MTST marcharam por moradia em São Paulo nesta segunda-feira
Membros do MTST marcharam por moradia em São Paulo nesta segunda-feira
Foto: Bruno Santos / Terra

Cerca de 300 integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) fizeram nesta segunda-feira um protesto em frente à sede da construtora Even, na marginal Pinheiros, zona oeste de São Paulo. A empresa é dona do terreno Portal do Povo, no Morumbi, ocupado pelo movimento desde o dia 20 de junho.

De acordo com Guilherme Boulos, um dos líderes do MTST, o objetivo era que a Even recebesse uma comissão do movimento para negociar a construção de moradias populares no terreno ocupado. A construtora não recebeu os manifestantes, mas, segundo Boulos, uma reunião entre a Prefeitura de São Paulo, a Even e o MTST ficou agendada para a próxima sexta-feira, em local e horário ainda a definir.

"Nós queremos o que temos defendido para outras ocupações: a venda do terreno para o programa Minha Casa, Minha Vida, para viabilizar a construção de moradias populares", disse Boulos. Segundo ele, a ocupação conta hoje com cerca de 2.000 famílias.

Os manifestantes se reuniram por volta das 9h no largo da Batata, em Pinheiros, e saíram em caminhada até a rua Hungria (pista local da marginal Pinheiros), onde fica a construtora. Lá eles fecharam duas faixas da via entre as ruas Dona Ana e Manduri, no sentido Castello Branco.

Por volta das 10h30, quando o protesto chegou à sede da construtora, os manifestantes encontraram os portões fechados --ninguém entrava nem saía do prédio até por volta das 14h, quando o ato foi encerrado. A Polícia Militar (PM) acompanhou todo o protesto, que terminou de forma pacífica.

Em nota, a construtora afirmou que não receberia os manifestantes porque "as questões do MTST devem ser encaminhadas ao poder público" e "não compete à Even conduzir conversa com os líderes do movimento".

No dia da ocupação da área, a construtora afirmou que adquiriu o terreno há três anos para a construção de um empreendimento residencial que já foi protocolado na Prefeitura de São Paulo e aguarda aprovação para lançamento.

Na ocasião, a Even informou, ainda, que a ocupação é "totalmente irregular" e que um pedido de reintegração de posse já foi protocolado na Justiça.

Fonte: Terra
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