Organizadores dos chamados rolezinhos em São Paulo se filiaram na última segunda-feira à União da Juventude Socialista (UJS), entidade ligada ao PCdoB e que comanda a União Nacional dos Estudantes (UNE). De acordo com a UJS, entre os novos membros está Vinicius Andrade, um dos líderes do rolezinho ocorrido no Shopping Itaquera, na zona leste da capital, no último dia 11.
Segundo Vinicius, a UJS o fez enxergar a necessidade de construir uma nova sociedade, onde as necessidades da juventude da periferia sejam atendidas. “Não queremos briga, arrastão e violência. Queremos apenas nos encontrar, nos divertir, beijar na boca e ocupar todos os espaços sem sofrer preconceito por parte da elite ou violência por parte da polícia. Não iremos desistir e, com o apoio da UJS, vamos até o fim”, disse ele.
“Quando organizamos o ‘rolezinho’ no Shopping Itaquera, os ‘coxas’ não respeitaram nem as meninas que foram até lá. Violência foi pouco. Tapa na cara, cassetetes e xingamentos. Quem passava tomava e ouvia: vai sua piranha”, contou Vinicius aos membros da UJS no seminário preparatório para o 17° congresso da entidade.
A vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão (PCdoB), também esteve presente no evento. “Foi excelente a ideia de trazer os meninos do ‘rolezinho’ até essa atividade. Esse foi um fenômeno muito interessante. São Paulo tem uma porção de problemas, é uma cidade dura, uma cidade difícil, mas existem coisas bem interessantes também, como esses acontecimentos sociais que se propagam com uma imensa facilidade”, disse ela.
A reunião de jovens da periferia convocados pelas redes sociais para dar um "rolé" em alguns shoppings da região metropolitana de São Paulo assustou lojistas e alguns consumidores. O movimento ganhou força depois que dois centros comerciais da capital de São Paulo conseguiram uma liminar que os autorizava a impedir a entrada de garotos suspeitos de participarem dos eventos convocados pelas redes sociais. Movimentos sociais deram apoio aos "rolezinhos" e acusaram os shoppings de praticar "apartheid".
19 de janeiro (Rio de Janeiro) - Diante das promessas de "rolezinho", o estabelecimento fechou as portas no domingo
Foto: Paulo Campos / Futura Press
19 de janeiro (Rio de Janeiro) - Clientes e manifestantes não conseguiram entrar no estabelecimento
Foto: Mauro Pimentel / Terra
19 de janeiro (Rio de Janeiro) - Pablo Capilé, do coletivo Fora do Eixo, participa da manifestação
Foto: Mauro Pimentel / Terra
19 de janeiro (Rio de Janeiro) - Uma tentativa de rolezinho terminou em churrasco no shopping Leblon, no Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel / Terra
19 de janeiro (Porto Alegre) - "É decepcionante que tem mais policiais que manifestantes. Não somos sequer um movimento: somos um grupo de pessoas que se reuniu pelo Facebook", disse o organizador Fábio Fleck
Foto: Luís Felipe dos Santos / Terra
19 de janeiro (Porto Alegre) - Um segundo "rolezinho", com cerca de 10 pessoas com camisetas da União da Juventude Socialista (UJS), movimento estudantil ligado ao PCdoB, também compareceu. Algumas lojas fecharam as portas
Foto: Luís Felipe dos Santos / Terra
19 de janeiro (Porto Alegre) - Cerca de 20 pessoas participaram neste domingo do "rolezinho" no Moinhos Shopping, em Porto Alegre. No Facebook, havia mais de 500 confirmados no evento
Foto: Daniel Boucinha / Futura Press
19 de janeiro (Rio de Janeiro) - A Justiça proibiu o ato e a administração do estabelecimento resolveu fechar as portas ao público com receio de violência
Foto: Mauro Pimentel / Terra
19 de janeiro (Rio de Janeiro) - Um grupo de amigas, em forma de protesto por não poder entrar no shopping, trouxe a praia para a calçada, com cadeiras, canga, revista e baralho. Eu iria participar do rolezinho, mas como a gente não pode se manifestar, vou ficar aqui, jogando o meu baralho, acho que isso eu posso fazer, né?, ironizou a figurinista Sabrina Magalhães
Foto: Mauro Pimentel / Terra
19 de janeiro (Rio de Janeiro) - Com cerca de nove mil presenças confirmadas nas redes sociais, o rolezinho do Shopping Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, teve baixa adesão, na tarde deste domingo
Foto: Mauro Pimentel / Terra
19 de janeiro (Rio de Janeiro) - Segurança vigia shopping fechado no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. Dois centros de compras fecharam as portas devido a um "rolezinho" que ocorreria em um deles neste domingo
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Um "rolezinho" acabou por se transformar em protesto no Shopping Plaza, em Niterói, na noite de sábado
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Ao contrário do "grito de liberdade" da periferia que marcou os atos de São Paulo, o tom foi político, com gritos contra o governador Sérgio Cabral e o tradicional "não vai ter Copa (do Mundo)"
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Logo no início do ato, ocorreu um princípio de confusão, com manifestantes tentando entrar em lojas, e seguranças impedindo, além de correria no prédio.
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Assustados, muitos clientes do shopping entraram nas lojas, com medo
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Não houve, contudo, nenhum ato de violência e a Polícia Militar sequer se fez presente nas mediações do Shopping Plaza.
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Cerca de 30 pessoas participaram do movimento
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Os manifestantes gritavam ainda frases "estamos na rua e a luta continua" e "amanhã vai ser maior"
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Eles cantaram funks antigos do Rio de Janeiro e foram acompanhados todo o tempo por cerca de 20 seguranças, muitos deles à paisana
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Seguranças acompanham rolezinho no Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Muitas lojas fecharam as portas
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Clientes questionaram o que estava acontecendo
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - "Rolezinho" vira protesto com princípio de confusão em Niterói.
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - "Se fosse um bando de playboyzinho, como colocam nos filmes, aquela loja ali não estaria fechada", apontou PH Lima, 25 anos
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro - Alguns vendedores chegaram a protestar contra o ato. Um deles chegou a fazer um cartaz: "Eu ganho por comissão, obrigado, rolezinho"
Foto: André Naddeo / Terra
18 de janeiro (Niterói) - As lojas fechavam as portas conforme os ativistas se aproximavam
Foto: André Naddeo / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Os ativistas gritavam frases como "não vai ter copa", "estamos na rua e a luta continua" e "amanhã vai ser maior"
Foto: André Naddeo / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Em meio ao protesto, ocorre uma discussão sobre racismo
Foto: André Naddeo / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Cerca de 20 seguranças acompanharam o ato - muitos à paisana
Foto: André Naddeo / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Ativistas tentam entrar em cinema e são barrados por seguranças
Foto: André Naddeo / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Manifestantes deixando prédio do shopping em Niterói
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) -Marcado como "rolezinho", protesto teve princípio de confusão no Shopping Plaza, em Niterói (RJ)
Foto: André Naddeo / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - Segundo a polícia, esses jovens foram citados, o que quer dizer que, se eles voltarem a ser encontrados em "atitudes suspeitas", podem ser notificados e multados em até R$ 10 mil. No caso dos menores, os notificados serão os pais
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - No Shopping Center Norte, na zona norte de São Paulo, o "rolezinho" acabou não acontecendo. O evento estava marcado para as 16h. Antes desse horário, já havia policiais civis aguardando o grupo no local. Os agentes afirmam que têm um dossiê feito a partir de informações retiradas de perfis no Facebook.
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - "Levei ameaças de seguranças, falando que iam quebrar minhas pernas e arrancar minha cabeça", complementa
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - "Eu já estava indo embora porque os policiais falaram que não era para a gente ficar parado, que era para circular", diz um dos adolescentes, identificado como R.A., 17 anos
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - Policiais abordaram um grupo de jovens que queria participar de um rolezinho no Shopping Center Norte, popular centro comercial na zona norte de São Paulo
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - Na zona sul da capital paulista, um grupo protestou contra o racismo em um rolezinho no shopping JK Iguatemi
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - utilizando até faixas em inglês, o grupo pediu o fim do racismo
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - Movimento social reclamou da liminar que proibiu a realização de rolezinhos no shopping de luxo
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - O shopping fechou as portas, com os clientes dentro, impedindo a entrada dos manifestantes
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - Grupo levou faixas e bandeiras para o encontro
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) -Com palavras de ordem, manifestantes protestaram em frente ao estabelecimento
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro - O ato ganhou tom político e não teve a participação tradicional dos jovens que iniciaram o movimento na periferia de São Paulo
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - A ONG Uneafro participou do evento
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - Basta de apartheid, diziam os jovens
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - Manifestantes tentaram entrar no prédio com instrumentos musicais
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - Faixa usada pelo grupo
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - O ato durou cerca de duas horas