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SP: organizadores de rolezinhos se filiam à União da Juventude Socialista

30 jan 2014 - 06h30
(atualizado às 07h12)
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De acordo com a entidade, entre os novos membros está Vinicius Andrade, um dos líderes do rolezinho ocorrido no Shopping Itaquera
De acordo com a entidade, entre os novos membros está Vinicius Andrade, um dos líderes do rolezinho ocorrido no Shopping Itaquera
Foto: Divulgação

Organizadores dos chamados rolezinhos em São Paulo se filiaram na última segunda-feira à União da Juventude Socialista (UJS), entidade ligada ao PCdoB e que comanda a União Nacional dos Estudantes (UNE). De acordo com a UJS, entre os novos membros está Vinicius Andrade, um dos líderes do rolezinho ocorrido no Shopping Itaquera, na zona leste da capital, no último dia 11.

Segundo Vinicius, a UJS o fez enxergar a necessidade de construir uma nova sociedade, onde as necessidades da juventude da periferia sejam atendidas. “Não queremos briga, arrastão e violência. Queremos apenas nos encontrar, nos divertir, beijar na boca e ocupar todos os espaços sem sofrer preconceito por parte da elite ou violência por parte da polícia. Não iremos desistir e, com o apoio da UJS, vamos até o fim”, disse ele.

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“Quando organizamos o ‘rolezinho’ no Shopping Itaquera, os ‘coxas’ não respeitaram nem as meninas que foram até lá. Violência foi pouco. Tapa na cara, cassetetes e xingamentos. Quem passava tomava e ouvia: vai sua piranha”, contou Vinicius aos membros da UJS no seminário preparatório para o 17° congresso da entidade.

A vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão (PCdoB), também esteve presente no evento. “Foi excelente a ideia de trazer os meninos do ‘rolezinho’ até essa atividade. Esse foi um fenômeno muito interessante. São Paulo tem uma porção de problemas, é uma cidade dura, uma cidade difícil, mas existem coisas bem interessantes também, como esses acontecimentos sociais que se propagam com uma imensa facilidade”, disse ela.

A reunião de jovens da periferia convocados pelas redes sociais para dar um "rolé" em alguns shoppings da região metropolitana de São Paulo assustou lojistas e alguns consumidores. O movimento ganhou força depois que dois centros comerciais da capital de São Paulo conseguiram uma liminar que os autorizava a impedir a entrada de garotos suspeitos de participarem dos eventos convocados pelas redes sociais. Movimentos sociais deram apoio aos "rolezinhos" e acusaram os shoppings de praticar "apartheid".

Fonte: Terra
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