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SP: praça na Cracolândia será revitalizada e terá base fixa da PM

17 jan 2014 - 14h10
(atualizado às 14h53)
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<p>O largo Cora&ccedil;&atilde;o de Jesus, na Cracol&acirc;ndia,&nbsp;ser&aacute; reformado e&nbsp;ter&aacute; uma base fixa da Pol&iacute;cia Militar</p>
O largo Coração de Jesus, na Cracolândia, será reformado e terá uma base fixa da Polícia Militar
Foto: Thiago Tufano / Terra

O largo Coração de Jesus, localizado na esquina entre as alamedas Glete e Dino Bueno, na Cracolândia, região central de São Paulo, será reformado pela prefeitura e terá uma base fixa da Polícia Militar. O processo de revitalização começou nesta sexta-feira, com a retirada dos dependentes químicos, que ocuparam a praça morando no local. Porém, com a derrubada dos barracos construídos pelos próprios usuários de crack na Dino Bueno, essas pessoas voltaram a se espalhar pela região.

Desde a última quarta-feira, a prefeitura de São Paulo iniciou oficialmente a chamada Operação Braços Abertos, que consiste em derrubar esses barracos ocupados por dependentes químicos e acomodá-los em hotéis da região. Além disso, as cerca de 300 pessoas inseridas no programa terão direito a alimentação, emprego na limpeza pública da região, cursos de capacitação e R$ 15 por dia.

“Esse local era uma base comunitária da GCM (Guarda Civil Metropolitana) junto com praça de esportes. Há duas semanas, a GCM emparedou e fechou o local. Hoje o prefeito cedeu esse espaço para a Polícia Militar. Os usuários haviam invadido o local e estavam morando por lá”, disse o tenente da PM William Thomaz, coordenador da Nova Luz.

O largo Coração de Jesus possui quadras de futebol, brinquedos para criança e uma área verde que, segundo o tenente, será devolvido para comunidade dentro de duas a três semanas.

O prefeito Fernando Haddad disse que instruiu os homens da GCM e da PM para que não seja feita uma política “higienista”, mas sim uma devolução do espaço público à sociedade.

“Hoje terminamos de ocupar territorialmente toda aquela região, que ia da Cleveland a Rio Branco e da Duque de Caxias a alameda Nothman. Aquilo está 100% ocupado pela Guarda Civil e PM com a orientação de que não faremos política higienista. As pessoas têm direito a livre circulação, mas o território é pra todos. Uma criança pode circular, um idoso, um lojista”, disse.

Em relação aos usuários que aderiram o programa ainda estarem fazendo o uso do crack, Haddad disse que isso era inevitável, mas que o programa passará por ajustes.

“É importante que durante o período de trabalho eles estejam afastados das ruas. Essas pessoas compreendem o gesto da prefeitura e estão tendo acompanhamento médico. Alguns tiveram crise de abstinência e foram socorridos. Começamos a fornecer aquilo que vai amenizar a crise, como açúcar, e outros medicamentos. São pessoas que estão mudando de vida, recebendo com alegria essa oportunidade. É um período de ajuste que tem que compreender, mas a cada dia vai haver melhorias”, afirmou.

Segundo Haddad, o projeto não pode ser tratado apenas como mais um programa para acabar com a Cracolândia, mas sim como uma “crise permanente”.

“É um processo inédito, ousado e que exige monitoramento diário. Não é para tratar como um programa, mas como uma crise permanente. Algo que a cada minuto vai exigir uma providência até que consigamos revitalizar toda a região”, disse.

Com vagas em hotéis, dependentes são removidos de barracos na Cracolândia

Fonte: Terra
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