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SP: protesto bloqueia a Cônego Domênico Rangoni nos dois sentidos

23 out 2013 - 07h48
(atualizado às 09h49)
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Uma manifestação de petroleiros bloqueou totalmente os dois sentidos da rodovia Cônego Domênico Rangoni na manhã desta quarta-feira, em São Paulo, por mais de uma hora. De acordo com a Ecovias, concessionária que administra a via, o bloqueio ocorreu na altura do quilômetro 268 da pista, em Cubatão. 

Segundo a concessionária, a pista foi completamente bloqueada por volta das 7h15. Às 8h35, o sentido São Paulo teve o trânsito liberado e, às 8h49, o bloqueio foi interrompido no sentido Guarujá.

O trânsito ficou complicado mesmo após a liberação da pista. Segundo a Ecovias, às 9h40 a pista apresentava lentidão no sentido São Paulo, do quilômetro 262 ao 270. Em direção ao Guarujá o tráfego fluía bem. 

Os problemas no trânsito atingiram também a rodovia Anchieta. Segundo a concessionária, às 9h40, a via apresentava lentidão do quilômetro 45 ao 55, no sentido litoral, e do 57 ao 55, e do 13 ao 10, no sentido capital. 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus. A mobilização surtiu efeito e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas – o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. "Essas vozes precisam ser ouvidas", disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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