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SP registra aumento de homicídios, estupros, furtos e roubos no mês de setembro

25 out 2022 - 20h34
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O Estado de São Paulo registrou aumento de homicídios dolosos, estupros, roubos e furtos no último mês de setembro em comparação com o mesmo período de 2021, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) nesta terça-feira, 25.

A maior alta se deu nos casos de homicídios dolosos, com um total de 253 no mês contra 226 do ano passado, um crescimento de 11,95%. Quando levado em consideração o número de vítimas (cada caso pode ter mais de uma vítima) os registros passaram de 243 para 270, variação de 11,11%.

Policiais militares de São Paulo; ocorrências de roubos, furtos, homicídios e estupros aumentaram em 2022 comparado a 2021.
Policiais militares de São Paulo; ocorrências de roubos, furtos, homicídios e estupros aumentaram em 2022 comparado a 2021.
Foto: Tara Benedicto/Estadão / Estadão

As ocorrências de furtos ao longo de setembro deste ano somaram 46.385 casos, uma alta de 8,55% em relação ao mesmo período do ano passado. O número é equivalente 1.546 furtos por dia no mês passado nas cidades paulistas.

As estatísticas de roubo, crime caracterizado pelo uso de grave ameaça ou violência, passaram de 19.366 para 20.527, alta de 6%. Os estupros foram de 1.076 para 1.153 - 7,16% a mais na comparação com o mês de setembro de 2021.

A alta observada em 2022 sofre a influência da comparação com o mesmo período de 2021, quando ainda vigoravam medidas restritivas relativas à pandemia de covid-19. Tais medidas chegaram a restringir parcialmente a circulação da população e fizeram cair os registros de crimes patrimoniais, como roubos e furtos.

Diante da alta observada desde o primeiro semestre, o governo de São Paulo deflagrou a Operação Sufoco com objetivo de intensificar o policiamento nas ruas, mas os registros continuaram subindo.

Secretaria aponta queda em relação ao período pré-pandemia

A Secretaria da Segurança Pública compara os dados de setembro com a média dos nove primeiros meses de 2019 como forma de entender o patamar atual de registros criminais com o período da pré-pandemia. "Nos últimos dois anos, São Paulo viveu um período de grande isolamento social, causado pelo coronavírus, que impactou diretamente a dinâmica criminal. Em 2020, a média de pessoas que permaneciam em suas casas, medida pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), foi de 45%. Já em 2021, o número ficou em 42%".

A ascensão de alguns dos dados pode então ser explicada pela retomada, segundo argumenta a secretaria. Isso é notório especialmente nas informações a respeito de furtos. Em 2020, o maior registro se deu em fevereiro, um mês antes da OMS decretar a pandemia, com 47.015 casos. Desde então, a casa de 40 mil para cima só voltou a ser registrada em agosto de 2021. O mesmo vale para roubos: 23.183 em fevereiro de 2020 e retorno aos 20 mil apenas em dezembro de 2021.

De acordo com a SSP, além de haver queda no acumulado do ano, muitos itens roubados também foram retomados pela ação de segurança. "Nos primeiros 169 dias (de vigência da Operação Sufoco), completados no último dia 20, mais de 3,9 mil veículos foram recuperados, e outros 1,4 milhão vistoriados", disse a pasta. "Além disso, 21.735 pessoas foram presas ou apreendidas, por mandado ou em flagrante. Durante a Operação Sufoco, as polícias apreenderam mais de R$ 1 milhão e recuperaram 6.808 celulares furtados ou roubados."

Outros registros criminais apresentaram reduções em setembro, como no crime de latrocínios. Em 2021, foram 22 registros, contra 19 em 2022 - número mais alto no ano atual, mas queda relativa de 13,64% em relação a 2021.

Estadão
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