O secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, afirmou nesta segunda-feira que a intervenção federal que deverá ser pedida pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) para conter os chamados “rolezinhos” não será necessária. De acordo com Grella, a polícia paulista está apta a trabalhar nessa nova onda de manifestação popular.
Para a Alshop, estes eventos geram insegurança e perturbam consumidores, o que leva os centros comerciais a preferirem fechar as portas para os horários em que são marcados.
Segundo o presidente da associação, Nabil Sahyoun, o objetivo é convencer a presidente Dilma Rousseff a convocar as lideranças dos rolezinhos para dialogar, da mesma forma como ela fez durante as manifestações do ano passado. Ele afirma que é preciso proibir a convocação para os rolezinhos. Sahyoun também pede que o policiamento nos centros comerciais seja reforçado e que os organizadores sejam punidos e, no caso de serem menores, os seus pais.
“Estes encontros, por si só, não justificam uma ação policial, até mesmo para fazer triagem de quem deva ou não entrar em shopping. Eles vão sempre e necessariamente justificar ação policial quando houver quebra da ordem. A intervenção federal, em termos de segurança pública, não é necessária. O que eu vi sobre intervenção federal foi sobre o contato, a interlocução do governo federal com os movimentos. Em termos de garantia, a polícia está e estará apta a agir sempre que houver tumulto ou atos de vandalismo”, disse o secretário.
"Não tem preconceito", diz presidente da Associação de Shoppings:
Grella comentou também sobre um baile funk que terminou em confusão na noite deste domingo no bairro da Penha, na zona leste. Segundo informações da Polícia Militar, a corporação foi acionada por causa da festa, que prejudicava o trânsito. Com a abordagem policial, cerca de 2 mil jovens se dispersaram e começaram o tumulto. Parte dos adolescentes partiu para avenida São Miguel, onde incendiaram lixeiras no meio da via, interditando o tráfego. Outra parte do grupo seguiu para o supermercado Extra que fica na região e começou a depredar o estabelecimento. De acordo com a PM, os jovens quebraram vidraças e invadiram o local, provocando correria. Ninguém se feriu durante a ação e nenhuma pessoa foi presa.
“No episódio desta noite, houve intervenção da polícia porque não se tratou apenas de um rolezinho. Foram atos de vandalismo, com quebra de ordem que justificaram a ação da polícia. O que temos é que a polícia fez a intervenção em razão dos saques. A polícia acompanha esses movimentos, ela exerce seu papel de acompanhamento e a intervenção se dá quando acontece quebra da ordem”, disse Grella.
19 de janeiro (Rio de Janeiro) - Diante das promessas de "rolezinho", o estabelecimento fechou as portas no domingo
Foto: Paulo Campos / Futura Press
19 de janeiro (Rio de Janeiro) - Clientes e manifestantes não conseguiram entrar no estabelecimento
Foto: Mauro Pimentel / Terra
19 de janeiro (Rio de Janeiro) - Pablo Capilé, do coletivo Fora do Eixo, participa da manifestação
Foto: Mauro Pimentel / Terra
19 de janeiro (Rio de Janeiro) - Uma tentativa de rolezinho terminou em churrasco no shopping Leblon, no Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel / Terra
19 de janeiro (Porto Alegre) - "É decepcionante que tem mais policiais que manifestantes. Não somos sequer um movimento: somos um grupo de pessoas que se reuniu pelo Facebook", disse o organizador Fábio Fleck
Foto: Luís Felipe dos Santos / Terra
19 de janeiro (Porto Alegre) - Um segundo "rolezinho", com cerca de 10 pessoas com camisetas da União da Juventude Socialista (UJS), movimento estudantil ligado ao PCdoB, também compareceu. Algumas lojas fecharam as portas
Foto: Luís Felipe dos Santos / Terra
19 de janeiro (Porto Alegre) - Cerca de 20 pessoas participaram neste domingo do "rolezinho" no Moinhos Shopping, em Porto Alegre. No Facebook, havia mais de 500 confirmados no evento
Foto: Daniel Boucinha / Futura Press
19 de janeiro (Rio de Janeiro) - A Justiça proibiu o ato e a administração do estabelecimento resolveu fechar as portas ao público com receio de violência
Foto: Mauro Pimentel / Terra
19 de janeiro (Rio de Janeiro) - Um grupo de amigas, em forma de protesto por não poder entrar no shopping, trouxe a praia para a calçada, com cadeiras, canga, revista e baralho. Eu iria participar do rolezinho, mas como a gente não pode se manifestar, vou ficar aqui, jogando o meu baralho, acho que isso eu posso fazer, né?, ironizou a figurinista Sabrina Magalhães
Foto: Mauro Pimentel / Terra
19 de janeiro (Rio de Janeiro) - Com cerca de nove mil presenças confirmadas nas redes sociais, o rolezinho do Shopping Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, teve baixa adesão, na tarde deste domingo
Foto: Mauro Pimentel / Terra
19 de janeiro (Rio de Janeiro) - Segurança vigia shopping fechado no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. Dois centros de compras fecharam as portas devido a um "rolezinho" que ocorreria em um deles neste domingo
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Um "rolezinho" acabou por se transformar em protesto no Shopping Plaza, em Niterói, na noite de sábado
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Ao contrário do "grito de liberdade" da periferia que marcou os atos de São Paulo, o tom foi político, com gritos contra o governador Sérgio Cabral e o tradicional "não vai ter Copa (do Mundo)"
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Logo no início do ato, ocorreu um princípio de confusão, com manifestantes tentando entrar em lojas, e seguranças impedindo, além de correria no prédio.
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Assustados, muitos clientes do shopping entraram nas lojas, com medo
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Não houve, contudo, nenhum ato de violência e a Polícia Militar sequer se fez presente nas mediações do Shopping Plaza.
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Cerca de 30 pessoas participaram do movimento
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Os manifestantes gritavam ainda frases "estamos na rua e a luta continua" e "amanhã vai ser maior"
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Eles cantaram funks antigos do Rio de Janeiro e foram acompanhados todo o tempo por cerca de 20 seguranças, muitos deles à paisana
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Seguranças acompanham rolezinho no Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Muitas lojas fecharam as portas
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Clientes questionaram o que estava acontecendo
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - "Rolezinho" vira protesto com princípio de confusão em Niterói.
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) - "Se fosse um bando de playboyzinho, como colocam nos filmes, aquela loja ali não estaria fechada", apontou PH Lima, 25 anos
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro - Alguns vendedores chegaram a protestar contra o ato. Um deles chegou a fazer um cartaz: "Eu ganho por comissão, obrigado, rolezinho"
Foto: André Naddeo / Terra
18 de janeiro (Niterói) - As lojas fechavam as portas conforme os ativistas se aproximavam
Foto: André Naddeo / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Os ativistas gritavam frases como "não vai ter copa", "estamos na rua e a luta continua" e "amanhã vai ser maior"
Foto: André Naddeo / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Em meio ao protesto, ocorre uma discussão sobre racismo
Foto: André Naddeo / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Cerca de 20 seguranças acompanharam o ato - muitos à paisana
Foto: André Naddeo / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Ativistas tentam entrar em cinema e são barrados por seguranças
Foto: André Naddeo / Terra
18 de janeiro (Niterói) - Manifestantes deixando prédio do shopping em Niterói
Foto: Mauro Pimentel / Terra
18 de janeiro (Niterói) -Marcado como "rolezinho", protesto teve princípio de confusão no Shopping Plaza, em Niterói (RJ)
Foto: André Naddeo / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - Segundo a polícia, esses jovens foram citados, o que quer dizer que, se eles voltarem a ser encontrados em "atitudes suspeitas", podem ser notificados e multados em até R$ 10 mil. No caso dos menores, os notificados serão os pais
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - No Shopping Center Norte, na zona norte de São Paulo, o "rolezinho" acabou não acontecendo. O evento estava marcado para as 16h. Antes desse horário, já havia policiais civis aguardando o grupo no local. Os agentes afirmam que têm um dossiê feito a partir de informações retiradas de perfis no Facebook.
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - "Levei ameaças de seguranças, falando que iam quebrar minhas pernas e arrancar minha cabeça", complementa
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - "Eu já estava indo embora porque os policiais falaram que não era para a gente ficar parado, que era para circular", diz um dos adolescentes, identificado como R.A., 17 anos
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - Policiais abordaram um grupo de jovens que queria participar de um rolezinho no Shopping Center Norte, popular centro comercial na zona norte de São Paulo
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - Na zona sul da capital paulista, um grupo protestou contra o racismo em um rolezinho no shopping JK Iguatemi
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - utilizando até faixas em inglês, o grupo pediu o fim do racismo
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - Movimento social reclamou da liminar que proibiu a realização de rolezinhos no shopping de luxo
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - O shopping fechou as portas, com os clientes dentro, impedindo a entrada dos manifestantes
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - Grupo levou faixas e bandeiras para o encontro
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) -Com palavras de ordem, manifestantes protestaram em frente ao estabelecimento
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro - O ato ganhou tom político e não teve a participação tradicional dos jovens que iniciaram o movimento na periferia de São Paulo
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - A ONG Uneafro participou do evento
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - Basta de apartheid, diziam os jovens
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - Manifestantes tentaram entrar no prédio com instrumentos musicais
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - Faixa usada pelo grupo
Foto: Marcelo Pereira / Terra
18 de janeiro (São Paulo) - O ato durou cerca de duas horas