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SP: temporal eleva nível do Sistema Cantareira em 0,1%

13 abr 2014 - 09h40
(atualizado às 09h56)
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A forte chuva que atingiu a região metropolitana de São Paulo neste sábado interrompeu a sequência na queda do nível da água no Sistema Cantareira. Segundo a Sabesp, companhia de saneamento de São Paulo, o nível passou de 12% para 12,1% neste domingo. A chuva que caiu na região equivale a mais da metade do que caiu durante todo o mês de abril até agora.

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Até ontem, o volume de chuva acumulada no mês era de 21,2 mm. Somente neste sábado, foi registrada a precipitação de 34,3 mm no reservatório. Com 55,5 mm acumulados ainda no dia 13, a represa vive a expectativa de passar da média histórica do mês, que é de 89,3 mm. Apesar da boa notícia, tudo indica que o nível das represas continue a cair nos próximos meses com a aproximação do inverno.

O Sistema do Alto Tietê também foi beneficiado pelas chuvas, passando de 35,6% para 35,7% neste domingo. Por lá, choveu ainda mais do que no Cantareira: 34,5 mm.

Rodízio de água

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, projeções da companhia de Saneamento de São Paulo, a Sabesp, apontam que a maioria da população ficaria no mínimo dois dias seguidos sem água para cada dia de abastecimento em caso de racionamento. A variação se aplica por causa da topografia, já que regiões mais altas e periféricas poderiam ficar com suas torneiras secas por até cinco dias consecutivos, dada a complexidade da operação para ligar e religar os sistemas de adutoras e tubulações.

Em março, o diretor da Sabesp Paulo Massato afirmou à Folha que um eventual rodízio seria como "uma operação de guerra", já que o risco de rompimento de tubulação, quando a água é religada após alguns dias, pode aumentar de forma considerável.

Dirigentes afirmam que seria impossível garantir que as 8,8 milhões de pessoas que são abastecidas pelo Cantareira sofreriam as mesmas consequências no caso de haver racionamento. Nesse cenário, as pessoas que vivem nas regiões mais baixas de São Paulo recebem água primeiro.

A Sabesp é contrária à adoção do rodízio. A direção da empresa diz que, apesar de o Cantareira estar com só 12,2% da capacidade, menor nível da história, há condições de manter o abastecimento nos moldes atuais até novembro, por causa do uso do "volume morto". A expectativa é de que a nova temporada de chuvas, a partir de setembro, pode ajudar a solucionar a crise. 

Nos últimos meses, a seca nos reservatórios fez com que a empresa, inclusive, abandonasse o tradicional slogan utilizado em suas campanhas: “Água, sabendo usar não vai faltar”. A frase foi usada até janeiro, já nos comerciais alertando sobre a necessidade de economia de água por parte da população. 

Fonte: Terra
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