SP terá brecha na Lei Cidade Limpa para grafites, diz jornal
Laterais de edifícios na cidade de São Paulo que, antes da Lei Cidade Limpa, de 2007, abrigavam anúncios publicitários gigantes, estão sendo agora liberadas pela prefeitura para grafiteiros e muralistas. A fim de tentar viabilizar economicamente os trabalhos, a administração municipal abrirá uma brecha na legislação que baniu outdoors e regulou a publicidade externa: a empresa que pagar por uma obra poderá ter a marca exposta de forma discreta no prédio. Há outra possibilidade de propaganda: o painel poderá fazer menção indireta ao produto do patrocinador, mas não pode ser o tema da obra. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
O projeto-piloto foi feito com um grafite de Osgemeos em um edifício do vale do Anhangabaú, no centro. A obra, patrocinada pelo Sesc, foi aprovada em 2009 em caráter provisório. Por fim, decidiu-se que ela poderia continuar no local até a demolição do prédio, que deve ocorrer ainda neste ano. A partir dessa experiência, a SPUrbanismo, da prefeitura, decidiu que as obras poderão ser aprovadas em caráter permanente. Duas já podem ser vistas nas avenidas Tiradentes e Prestes Maia, também na região central. Artistas dizem que um mural de grandes dimensões custa de R$ 20 mil a R$ 70 mil em tintas e equipamentos. As intervenções terão que ser aprovadas caso a caso, mas a meta é "desburocratizar" ao máximo o processo, que deve levar dois dias.