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SP: vias na zona sul são fechadas em protestos por melhoria no transporte

21 out 2013 - 06h44
(atualizado às 08h58)
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Manifestantes protestaram na manhã desta segunda-feira por melhorias no transporte na zona sul da capital paulista
Manifestantes protestaram na manhã desta segunda-feira por melhorias no transporte na zona sul da capital paulista
Foto: Alice Vergueiro / Futura Press

Protestos por melhorias no transporte público na zona sul de São Paulo fecharam vias na região na manhã desta segunda-feira. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-SP), houve interdição em ambos os sentidos na avenida dos Funcionários Públicos, junto à estrada do Embu-Guaçu, e na avenida Guarapiranga, próximo à estrada M'Boi Mirim.

Por volta 7h, o trânsito nas duas avenidas foi liberado. Por volta das 8h50, o grupo que estava na Guarapiranga permanecia junto à uma praça na avenida de Pinedo. 

A manifestação começou por volta das 4h na estrada do M'Boi Mirim junto ao terminal Piraporinha e seguiu em caminhada pela Guarapiranga. De acordo com o Movimento Passe Livre (MPL), os moradores exigem a volta imediata das linhas de ônibus diretas bairro-centro cortadas e o início da obra de duplicação da M'Boi Mirim, anunciada pelo prefeito, mas parada até o momento.

O ato é organizado por associações comunitárias e tem o apoio do Movimento Passe Livre (MPL), que informa que dá início a uma semana de luta por transporte público, com mobilizações em várias regiões da cidade. Os protestos são acompanhados pela Polícia Militar.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus. A mobilização surtiu efeito e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas – o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. "Essas vozes precisam ser ouvidas", disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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