Suspeito de liderar PCC no Piauí é preso em restaurante de luxo com miss em SP
Miss foi liberada após ser ouvida, pois não é considerada suspeita; ela conheceu Maikom Sousa Alves momentos antes da prisão
O suspeito de liderar o Primeiro Comando da Capital (PCC) no Piauí foi preso, na segunda-feira, 24, em um restaurante de luxo em Itaim Bibi, bairro nobre na zona sul de São Paulo. Maikom Sousa Alves, de 33 anos, conhecido como ‘Lacoste’, estava acompanhado da Miss Terra Piauí e dentista, Carina Machado, conforme o site regional GP1. A Polícia Civil informou que ele era procurado por tráfico de drogas.
A prisão foi realizada pelo Departamento de Investigação Criminal (Deic), após investigação sobre furto e roubo a bancos. A equipe policial conseguiu identificar o homem e o abordaram no momento em que ele saía do restaurante.
Durante a ação, foram apreendidos seis aparelhos celulares, um caderno com anotações e o veículo utilizado por ele. Também foram realizadas buscas em sua residência, onde foram apreendidos diversos documentos e cartões bancários.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, Alves já tinha sido condenado a 11 anos de prisão por ser um dos líderes do PCC, que atuava no interior do Piauí, conforme apontam investigações realizadas por agentes do Estado.
Ao GP1, o delegado Luciano Santana afirmou que ele era procurado desde setembro de 2021, após a Operação Franquia, que apurou o envio de drogas de São Paulo ao Piauí. Sete foram presos, mas Alves não foi encontrado.
“Ele vinha sendo investigado anteriormente, e essas investigações revelaram que ele foi identificado como um grande fornecedor de drogas na região de Oeiras, Santo Inácio do Piauí, onde ele tem família e uma casa bastante luxuosa, na região de Simplício Mendes e até em Teresina também. [...] O inquérito prosseguiu, ele foi indiciado e, recentemente, foi condenado a mais de 10 anos de prisão, com expedição de mandado de prisão para cumprimento de pena”, explicou o delegado ao site.
Ele é apontado por coordenar de São Paulo um esquema de envio de drogas ao Piauí que movimentava ao menos R$ 500 mil por mês.
A troca de informações entre as polícias da capital paulista e do Piauí foi fundamental para a prisão. Foi quando os agentes de São Paulo identificaram que ele estava no restaurante.
A miss foi levada para a delegacia e liberada após prestar depoimento, já que não é considerada suspeita de envolvimento nos crimes. O Terra tentou localizar a assessoria dela, mas não conseguiu.
No entanto, ao GP1, a equipe dela informou que a jovem conheceu o suspeito momentos antes de ele ser detido e ter ido ao restaurante para encontrar alguns amigos. Carina Machado está em São Paulo para representar o Piauí no concurso Miss Brasil Terra.