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Suspeito de matar ex-namorada em Itaqui é preso; polícia trabalha com hipótese de feminicídio

Bruna Eduarda Garcia Anhaia, de 22 anos, teria sido assassinada ao tentar encerrar relacionamento

27 jun 2024 - 11h06
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Nesta quarta-feira (26), a Polícia Civil de Itaqui prendeu um homem de 46 anos suspeito de assassinar Bruna Eduarda Garcia Anhaia, de 22 anos. O corpo da jovem foi encontrado com marcas de tiros e sinais de resistência à violência em 16 de junho, em uma área de lazer às margens do Rio Uruguai. O suspeito, descrito como tendo um comportamento dominador, foi conduzido ao sistema penitenciário e deve prestar depoimento nos próximos dias.

Foto: Divulgação / Porto Alegre 24 horas

"A prisão fortalece a hipótese de feminicídio. Ele foi a última pessoa vista com a vítima na noite anterior ao crime e estava sendo procurado desde então. Foi encontrado na casa de familiares, que também serão citados na investigação por possível proteção ao suspeito", afirmou o delegado Ericson Mota.

As investigações revelaram que Bruna buscava mudanças em sua vida, incluindo encerrar o relacionamento, mudar de emprego e trazer sua filha de quatro anos, que estava em Uruguaiana com a avó, para morar com ela em Itaqui, onde trabalhava como babá. Apesar dessas mudanças, a jovem mantinha um vínculo com o suspeito devido a uma dependência econômica parcial e à presença dominadora que ele exercia.

Na noite de 15 de junho, Bruna teria comunicado ao suspeito sua intenção de terminar a relação. Após uma discussão, ele foi visto saindo da casa da jovem em uma motocicleta. Mais tarde, Bruna foi a uma boate, voltou para casa para trocar de roupa, fez uma postagem sobre onde estava e retornou à boate, onde o suspeito a encontrou novamente. Após uma nova discussão, ela foi retirada do local e saiu na moto do ex-namorado, sem capacete, indo para o local onde seu corpo foi encontrado.

O delegado Mota aguarda os resultados das perícias para concluir o relatório do inquérito, que deve indiciar o suspeito por feminicídio com qualificadoras ainda em análise. O documento será encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário e descreverá o comportamento do suspeito, seu histórico de violência contra mulheres e as evidências do crime.

"A Polícia de Itaqui já tinha registros de conduta semelhante praticada por este suspeito contra outra mulher, o que resultou em detenção na época. O comportamento opressivo deste homem era tão intenso que a jovem tinha uma tatuagem com o nome do namorado, uma espécie de marca de pertencimento", concluiu Mota.

Porto Alegre 24 horas
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