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'Tatuzão' do metrô passará pelas ruas de SP; veja fotos

Máquina vai cavar 7,5 quilômetros de túneis para a construção de oito novas estações da Linha 2-Verde do metrô

12 mai 2023 - 22h22
(atualizado em 13/5/2023 às 09h06)
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Deve começar na próxima semana o transporte das peças que vão formar a máquina responsável por cavar 7,5 quilômetros de túneis para a construção de oito novas estações de metrô da Linha 2-Verde, na capital. Esse tipo de máquina é popularmente conhecido como Tatuzão. Esse foi fabricado na China e recebeu informalmente o nome de Cora Coralina (poetisa goiana que viveu de 1889 a 1985). Transportado para o Brasil de navio, está no porto de Santos desde a madrugada do dia 8 e vai começar a ser transportado até o canteiro de obras na Vila Formosa (zona leste). Como são cerca de 70 peças gigantes, a estimativa é de que o transporte demore pelo menos um mês, podendo se estender por mais dois.

Tatuzão será levado a São Paulo e montado para a abertura de 7,5 quilômetros de túnel para a construção de novas estações do metrô.
Tatuzão será levado a São Paulo e montado para a abertura de 7,5 quilômetros de túnel para a construção de novas estações do metrô.
Foto: Divulgação/Comexport / Estadão

Esse tatuzão é o maior já usado na América do Sul. Tem 11,66 metros de diâmetro e pesa 2.740 toneladas. Foi fabricado pela empresa China Railway Engineering Equipment Group (CREG) e comprado pelo consórcio CML2 com assistência da empresa Comexport, responsável também pela importação e logística de transporte do aparelho. As cerca de 70 peças que compõem a máquina foram embarcadas no porto de Taicang, na China, e viajaram cerca de 50 dias no navio cargueiro Leopold Staff até chegar a Santos. Em geral, as cargas a serem transportadas em navios são acondicionadas em contêineres, mas as maiores peças do tatuzão não cabem em nenhum modelo deles, então foram transportadas amarradas ao navio, num tipo de transporte conhecido como Break Bulk, usado para cargas de tamanhos especiais.

Agora que chegaram ao porto de Santos, o próximo passo é transportar as peças para o Complexo da Rapadura, que atualmente é um canteiro de obras e será uma base de manutenção e estacionamento de trens, na Vila Formosa.

O transporte de Santos a São Paulo será feito pela pista norte da rodovia dos Imigrantes, como ocorre com todas as operações envolvendo cargas especiais, segundo a concessionária Ecovias. As peças serão levadas de segunda a quinta-feira, e esporadicamente aos sábados, sempre das 23h às 5h, período em que o fluxo de veículos e o impacto no tráfego são menores. Segundo a concessionária, o trecho de serra da via fica bloqueado, porque as cargas possuem peso e tamanho superdimensionados e precisam ocupar mais de uma faixa de rolamento durante o trajeto.

Dentro do município de São Paulo, a Companhia de Engenharia de Tráfego ainda não divulgou o itinerário definitivo a ser seguido, mas informou que as cargas superdimensionadas atravessam a cidade durante as madrugadas, sob as ordens de uma equipe operacional especializada no acompanhamento desse tipo de transporte. "Se necessário, o conjunto transportador pode ser autorizado a trafegar pela contramão de vias, assim como pode ser preciso remanejar temporariamente colunas semafóricas e postes", informa nota da CET.

Quando for montado, o tatuzão terá roda de corte de 10,66 metros de diâmetro e 100 metros de comprimento na estrutura auxiliar. A máquina terá a função de escavar 7,5 quilômetros de túneis, à profundidade de até 41 metros, e instalar anéis de concreto para sustentar a estrutura, que vai dar origem a novas estações da linha 2-Verde. A ampliação dessa linha ocorre entre a Vila Prudente e a Penha, com 8,4 quilômetros de vias e oito novas estações. Segundo o Metrô, mais de 40% das obras das estações já foram executadas.

Tatuzão será levado a São Paulo e montado para a abertura de 7,5 quilômetros de túnel para a construção de novas estações do metrô.
Tatuzão será levado a São Paulo e montado para a abertura de 7,5 quilômetros de túnel para a construção de novas estações do metrô.
Foto: Divulgação/Comexport / Estadão
Estadão
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