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Temporal deixa 800 mil sem energia e causa transtornos em SP

Chuva deixou ainda vários pontos de alagamento e provocou queda de árvores

13 jan 2015 - 09h49
(atualizado às 09h57)
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<p><span style="color: rgb(51, 51, 44); font-family: OpenSans; font-size: 16px; line-height: 22.3999996185303px;">Motorista ficou ilhado na avenida Engenheiro Alberto Zandottis</span></p>
Motorista ficou ilhado na avenida Engenheiro Alberto Zandottis
Foto: Douglas Pingituro / Futura Press

A forte tempestade que atingiu a capital paulista na noite desta segunda-feira deixou 800 mil residências sem energia elétrica, segundo balanço da AES Eletropaulo. A concessionária avalia que a chuva provocou os piores impactos deste verão na rede elétrica, devido à queda de árvores de grande porte, que romperam cabos e derrubaram postes.

Ficaram sem energia os bairros das zonas oeste e sul, como Brooklin, Campo Belo, Moema, Ibirapuera, Morumbi e Butantã. As linhas de atendimento ao cliente da AES Eletropaulo ficaram congestionadas. De acordo com a concessionária, a chuva desligou 96 circuitos de distribuição (a cidade toda tem 1.750 circuitos). Até o fim da noite de ontem, 46 deles haviam sido religados e as equipes trabalharam na madrugada e nesta manhã para restabelecer o restante.

Segundo o Centro de Controle Operacional Integrado, a cidade registrou ontem 58 quedas de árvores. O local mais atingido foi a região do Butantã, na Avenida Politécnica, onde quatro árvores caíram, uma atingiu um veículo. Ninguém ficou ferido. Dois córregos da zona sul transbordaram: o Ipiranga e o Morro do S, que causou a interrupção do trânsito nas avenidas Carlos Caldeira Filho e Elias Mass, além de atingir oito lojas. Foram registrados 35 pontos de alagamento em toda a cidade, sendo 25 deles intransitáveis para automóveis.

Muitos estragos foram provocados também pelos ventos, que chegaram a 85 quilômetros por hora na região do Aeroporto de Congonhas. Também foram registrados 8 mil raios e queda de granizo sobre a cidade. Uma grande quantidade de semáforos amanheceu hoje apagada. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que o sistema não está funcionando e que não pode precisar quantos semáforos estão desativados.

Alagamentos

<p><span style="color: rgb(51, 51, 44); font-family: OpenSans; font-size: 16px; line-height: 22.3999996185303px;">Veículos ficaram presos no meio da água</span></p>
Veículos ficaram presos no meio da água
Foto: Douglas Pingituro / Futura Press
A cidade de São Paulo registrou 25 pontos de alagamento na chuva de ontem segundo o Centro de Controle de Emergências (CGE). Toda a capital entrou em estado de atenção às 16h de ontem e permaneceu assim por duas horas.

Segundo o órgão municipal, a chuva foi muito intensa na zona sul, com potencial para queda de granizo entre Campo Limpo, Santo Amaro, M'Boi Mirim, Cidade Ademar, Capela do Socorro e Parelheiros. Na zona sudeste, choveu forte entre Vila Mariana, Ipiranga e Jabaquara. Na zona oeste, a precipitação foi intensa na região do Itaim Bibi, Morumbi e bairros vizinhos.

As zonas norte, oeste e central da cidade, além da Marginal Tietê, entraram em estado de atenção às 16h05. Já as zonas sul, sudeste, leste e a Marginal Pinheiros se encontravam na mesma situação desde as 15h15.

Às 16h40, a Subprefeitura de Campo Limpo entrou em estado de alerta devido ao transbordamento do córrego Morro do S, na altura da avenida Carlos Caldeira Filho com a rua Sebastião de Azevedo. O CGE estimou ainda que as chuvas ganhassem força em outros pontos da capital, com potencial para queda de granizo, rajadas de vento, descargas elétricas e registro de alagamentos.

Semáforos

<p><span style="color: rgb(51, 51, 44); font-family: OpenSans; font-size: 16px; line-height: 22.3999996185303px;">Semáforo apagado na avenida Guarapiranga, na zona sul de São Paulo, após uma grande tempestade</span></p>
Semáforo apagado na avenida Guarapiranga, na zona sul de São Paulo, após uma grande tempestade
Foto: Luiz Cláudio Barbosa / Futura Press
Na manhã desta terça-feira, mais de 100 semáforos estavam sem funcionar corretamente na cidade. Segundo a CET, 2,7 % dos semáforos da cidade estavam com problemas às 9h30 de hoje, sendo que 1,7% estava em manutenção e 1% não operava por falta de energia elétrica.

Queda de árvores

Dezenas de árvores caíram nas cidade após as fortes rajadas de vento. Somente na avenida da Escola Politécnica, 13 árvores foram parar no chão. Moradores relataram em diversos bairros, principalmente da zona sul, várias quedas que provocaram a interrupção do fornecimento de energia.

A queda de uma árvore provocou interdições na rodovia Raposo Tavares (SP-270), no final da tarde desta segunda-feira. Apesar de testemunhas relatarem que três exemplares caíram no local, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) afirma que apenas um desabou.

CPTM

Foto: Leonardo Benassatto / Futura Press
Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese) foi acionado na noite desta segunda-feira pela SPTrans para atender o trecho entre as estações Guaianases e São Miguel Paulista da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que teve a circulação paralisada.

Segundo a CPTM, raios que atingiram o sistema de comunicação das linhas 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira, às 17h35, paralisaram a circulação de trens em trechos dessas linhas.

De acordo com a SPTrans, o transporte emergencial por ônibus que fazem os trajetos dos trens entrou em operação às 19h30, entre as linhas 12-Safira e 11-Coral, após pedido da CPTM. 

Chuva fecha o Aeroporto de Congonhas por uma hora

O temporal que atingiu São Paulo também prejudicou as operações no Aeroporto de Congonhas, na zona sul da cidade. A Infraero informou que, devido às condições meteorológicas, o local foi fechado para pousos e decolagens entre 16h15 e 17h16. O aeroporto foi reaberto posteriormente para operações visuais.

Agência Brasil Agência Brasil
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