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Thiago Brennand: Exército suspende registro de CAC de empresário que agrediu modelo em academia

No fim de semana, polícia apreendeu acessórios de armas na casa do empresário, que viajou para o exterior

12 set 2022 - 19h05
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SOROCABA - O Exército brasileiro suspendeu o certificado de registro de CAC (Caçador, Atirador desportivo e Colecionador de armas) do empresário Thiago Brennand Fernandes Vieira, de 42 anos. Thiago foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo depois de aparecer em um vídeo gravado por câmera de segurança agredindo uma modelo em uma academia do Shopping Iguatemi, em São Paulo. Ele também incentivou o filho, menor de 18 anos, a proferir agressões verbais contra a modelo.

54 armas foram apreendidas pela Polícia Civil
54 armas foram apreendidas pela Polícia Civil
Foto: Polícia Civil/Divulgação / Estadão

A suspensão aconteceu depois que a Polícia Civil de São Paulo fez uma operação na casa dele, no condomínio Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz, interior paulista, onde apreendeu 54 acessórios de armas, como miras eletrônicas e lunetas. Os equipamentos foram enviados para uma perícia para confirmar se eles são legais.

Segundo a defesa de Thiago, o empresário é colecionador de armas legalmente cadastradas e registradas na Superintendência de Fiscalização de Produtos Controlados da 2ª Região Militar (SEPC/2). Em 23 de junho, o acervo teria passado por vistoria de rotina.

Academia onde houve agressão de Thiago Brennand a mulher, segundo o MP. Foto: Reprodução

A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou Thiago Brennand réu por lesão corporal e corrupção de menores neste caso. Os crimes foram cometidos em 3 de agosto deste ano. A decisão judicial deu prazo de dez dias para que o empresário, que se encontra no exterior, retorne para o Brasil. Ele havia viajado para Dubai, nos Emirados Árabes, no dia 4 e tinha previsão de retornar apenas no dia 18 de outubro.

O prazo de dez dias começou a correr nesta segunda-feira, 12. Ele também está proibido de se aproximar da modelo e de frequentar academias.

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O empresário é investigado também pela denúncia de agressão a um garçom do Hotel Fasano, que funciona no interior do condomínio, que teria acontecido em março. Thiago deve responder ainda pela denúncia de agressão, cárcere privado e estupro de uma mulher que atualmente mora no exterior. A vítima alega que foi obrigada a deixar que um tatuador gravasse as iniciais dele em seu corpo. O inquérito havia sido arquivado pela Polícia Civil de Porto Feliz, mas foi reaberto por determinação da justiça.

A defesa de Thiago Brennand informou que, em razão do sigilo decretado pela Justiça no caso, vai se manifestar apenas nos autos do processo.

Estadão
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