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Thiago Brennand: se não retornar ao Brasil, empresário pode ter prisão decretada; entenda

Prazo previsto pela Justiça se encerra nesta sexta-feira. Último paradeiro conhecido era em Dubai. Ele responde por lesão corporal e corrupção de menores

23 set 2022 - 18h41
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O prazo de dez dias que a Justiça deu para o empresário Thiago Brennand Fernandes Vieira, de 42 anos, acusado de agredir uma modelo em uma academia da capital, termina nesta sexta-feira, 23, conforme informou o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Ele deve se apresentar a uma unidade judicial e entregar seu passaporte. Caso não faça isso, a Justiça pode determinar sua prisão preventiva, como ficou expresso na decisão judicial.

Empresário deve se apresentar a uma unidade judicial e entregar seu passaporte Foto: Facebook/Reprodução

A última informação sobre seu paradeiro é de que ele estaria em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O TJ disse que outras informações não podem ser dadas para não prejudicar o processo e que os autos tramitam em segredo de justiça.

A defesa de Thiago Brennand não se manifestou sobre o decurso do prazo. Alguns juristas entendem que, por uma questão processual, devido ao fim de semana, o empresário pode se apresentar na segunda-feira, 26, e assim evitar a prisão.

Empresário é réu por lesão corporal

Vieira se tornou réu por lesão corporal e corrupção de menores, após ser acusado de perseguir, agredir e ameaçar a modelo Alliny Helena Gomes, no dia 3 de agosto, na academia paulistana. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Thiago empurrou, puxou o cabelo e cuspiu na modelo.

Como as agressões, registradas por câmeras de segurança, ocorreram na presença do filho do empresário e o menino, menor de idade, ofendeu a mulher, a promotoria considerou a prática de corrupção de menores.

O empresário também é acusado de agredir um garçom no interior do condomínio em que possui uma mansão, em Porto Feliz. O rapaz teve a moto fechada pelo carro do empresário quando saía do trabalho, no Hotel Fasano, em maio deste ano, e recebeu socos na cabeça. A agressão é apurada em inquérito pela Polícia Civil.

Durante as investigações, a polícia realizou buscas na residência de Thiago, no condomínio do interior, e apreendeu apenas acessórios e munições. As armas, que tinham sido vistoriadas um mês antes pelo Exército, não foram localizadas durante a busca.

Após a operação, o Exército suspendeu o certificado de registro de CAC (colecionador, atirador e caçador desportivo), que permitia a Thiago manter armas em casa.

Dez mulheres acusam Brennand; casos são investigados

Depois que os casos de agressões vieram à tona, ao menos 10 mulheres procuraram a Justiça afirmando que foram agredidas física, sexual ou verbalmente, ou ameaçadas por Brennand. As agressões incluiriam estupros e tatuagens forçadas com as iniciais do empresário.

A tomada dos depoimentos das vítimas começa na segunda-feira, 26, no Núcleo de Atendimento à Vítima de Violência (NAV) do MP de São Paulo. Um dos casos está em investigação acompanhada pelo MP de Porto Feliz, interior de São Paulo.

A vítima, uma jovem pernambucana, foi mantida em cárcere privado, estuprada e obrigada a se submeter a uma tatuagem com as letras TFV, as iniciais do nome do empresário.

A reportagem procurou a defesa de Thiago Brennand, que é representado por dois escritórios de advocacia: Alves de Oliveira e Salles Vanni, de São Paulo, e Gustavo Rocha Advocacia Criminal, de Recife. O escritório paulistano informou que recebeu o caso recentemente, já que a defesa anterior deixou o processo, e ainda toma conhecimento do teor das denúncias. O escritório de Recife não deu retorno.

Estadão
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