Tudo sobre o caso da mulher suspeita de matar o namorado a facadas em Minas Gerais
De uso de drogas a surto psicótico, entenda a cronologia dos fatos e os próximos desdobramentos
O representante comercial Pedro Granato Oliveira, de 34 anos, foi morto a facadas em Poços de Caldas, em Minas Gerais, no fim de julho de 2024. A namorada dele, Natasha Cristina Curimbaba, de 22, é a principal suspeita. Ela foi detida em uma clínica psiquiátrica, em Petrópolis, no Rio de Janeiro, nesta semana.
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A Polícia Civil investiga a motivação do crime e Natasha deve ser ouvida na próxima semana. Ao que se sabe, ela é fichada criminalmente por esfaquear outro ex-namorado, a mãe dele e uma amiga do rapaz. Mais desdobramentos devem surgir ao longo dos dias, enquanto isso, confira tudo o que sabemos do caso.
O que aconteceu?
Pedro Granato e Natasha Cristina estariam namorando há pouco menos de dois meses. Conforme a Polícia Civil, no dia 28 de julho, eles passaram o dia juntos fazendo churrasco. No fim de tarde, eles decidiram passear no Morro do Chapéu, no Parque Vivaldi Leite Ribeiro, onde o crime ocorreu.
“Investigações apontam que o casal teria deixado o condomínio onde residia minutos antes do crime. Eles teriam ido, no veículo da vítima, em direção ao local dos fatos - uma área aberta com visão privilegiada da cidade, onde normalmente as pessoas vão para observar o pôr ou nascer do sol, e fazer uso de drogas e bebidas alcoólicas”, disse Cleyson Brene, delegado responsável pela caso, em entrevista à EPTV.
Uma câmera de segurança flagrou o momento em que Pedro escorrega pelo barranco até cair próximo de uma árvore. Segundo as autoridades, neste momento, ele já tinha sido ferido no pescoço, axila e na mão. Transeuntes encontraram o representante ferido, mas ainda com vida e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), porém, ele não resistiu e morre no local.
Poucos minutos após a vítima ser localizadas por testemunhas que passam de carro pela região, conforme a Polícia Civil, Natasha voltou sozinha para o condomínio -- o que levantou suspeitas sobre si mesma.
Quem era Pedro Pedro Granato?
Natural de Poços de Caldas, ele tinha 34 anos, trabalhava como representante comercial e era pós-graduado.
No dia do crime, ele foi encontrado sem documentos e pertences pessoais. Ele sói foi identificado dois dias depois, na terça-feira, 30 de julho, após ter o desaparecimento comunicado pela família e pela empresa.
"Pedro, para todo mundo que conhece, era uma pessoa muito querida, uma pessoa muito amada, onde você passa e ele tinha muitos conhecidos, muitos amigos, moradores, funcionários, todo mundo tinha respeito, admiração pelo Pedro nesse local", disse André Granato Oliveira, irmão dele, à EPTV.
O corpo do rapaz foi sepultado no dia 31 de julho no Cemitério da Saudade, em Poços de Caldas. De acordo com os policiais, tanto a suspeita quanto a vítima são usuários de drogas. Durante as diligências, foram encontrados restos de drogas no apartamento de Pedro.
Prisão na clínica e histórico criminal
Natasha foi detida preventivamente na terça-feira, 6, em uma clínica psiquiátrica em Petrópolis, no Rio. A jovem deu entrada no presídio de Poços de Caldas e, como já foi citado antes, deve ser ouvida em breve.
“Nós [Policiais] tentamos contato para fazer oitiva [antes de efetuar a prisão], esclarecimentos com a suspeita na semana passada, porém os advogados compareceram na delegacia informando que ela estava passando por problemas psicológicos”, relatou o delegado Cleyson Brene.
Segundo o responsável pelo caso, a suspeita do crime já tem um histórico criminal. Antes de se tonar suspeita da morte de Pedro, ela já tinha esfaqueado um ex-namorado, a mãe dele e uma amiga do rapaz. Nos dois casos anteriores, a Polícia Militar registrou que ela poderia estar em surto psicótico. Além dos casos envolvendo violência, a moça também tem passagem por envolvimento com drogas.
Em breve, após o depoimento de Natasha, mais desdobramentos devem ser divulgados. O delegado do caso, Cleyson Brene, não descarta a possibilidade de uma reconstituição do crime, se necessário. “Eventualmente, podemos pensar numa diligência de reconstrução da dinâmica do fato na reconstituição do crime, se a defesa assim entender necessário".