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Veja endereços que o fluxo da Cracolândia já ocupou no centro de SP

Movimentação mais recente dos usuários de droga, nas imediações da área da Santa Ifigênia, motivou queixas de comerciantes e moradores

8 jul 2022 - 05h10
(atualizado às 08h25)
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Desde que traficantes e usuários de drogas deixaram a Cracolândia, na Luz, a partir do dia 19 de março, em uma saída ordenada por lideranças do crime organizado - de acordo com informações da Polícia Civil -, o chamado "fluxo" já ocupou diferentes endereços da cidade.

O primeiro ponto de concentração foi a Princesa Isabel, a menos de um quilômetro de distância, que virou o novo endereço da Cracolândia. Cerca de 1/3 dos dependentes químicos passaram a ocupar o mesmo espaço de famílias em situação de rua que perderam emprego e renda durante a pandemia.

No dia 11 de maio, cerca de 650 policiais civis e militares participaram de uma megaoperação para esvaziar a praça. Pelo menos 20 pessoas foram presas. O grande objetivo era acabar com as barracas que, segundo a polícia, encobriam o tráfico. A ação foi definitiva para o espalhamento do fluxo por diversos pontos da região central, desde a região da Santa Ifigênia até Higienópolis.

Veja endereços que o fluxo da Cracolândia já ocupou nos últimos meses no centro de São Paulo
Veja endereços que o fluxo da Cracolândia já ocupou nos últimos meses no centro de São Paulo
Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo

A partir daí, o fluxo se tornou itinerante. Nas semanas seguintes, o principal ponto de concentração foi a Rua Helvétia, nas proximidades da Avenida São João. De acordo com moradores e comerciantes, a presença dos dependentes químicos contribuiu para o aumento de roubos e furtos na região. Por outro lado, a dispersão dificultou a ação de entidades de assistência social, que precisam "caçá-los" para entregar marmitas e cobertores.

A Prefeitura afirma que é mais fácil abordar grupos menores para oferecer as opções de tratamento, entre elas, a internação involuntária, medida legal e polêmica adotada pelo poder municipal que permite a hospitalização contra a vontade do usuário - basta o ok de um familiar e do médico. Até agora, a adesão tem sido baixa.

Mesmo sem o fluxo, a venda de drogas continua. A dinâmica, no entanto, mudou. Para evitar aglomerações, que chamam a atenção da polícia, os traficantes circulam com maior frequência. Após novas ações policiais na Rua Helvétia, os usuários passam a ocupar a Avenida Rio Branco, entre Gusmões e General Osório. O local foi alvo de outra ação policial, no dia 30 de junho.

Na semana passada, o fluxo migrou para a Rua Gusmões, perto da Rua Ifigênia, importante centro comercial da cidade. Houve confrontos com os comerciantes, além de saques e quebra-quebra.

Estadão
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