Vendedora de rifas morta junto com companheiro já tinha sido presa e condenada por estelionato

A influenciadora e vendedora de rifas Hynara Santa Rosa da Silva, de 39 anos, morta a tiros junto com o companheiro Rodrigo da Silva Santos, de 33, já tinha sido condenada pelo crime de estelionato. De acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), ela foi sentenciada em 2019 a cumprir oito meses de reclusão em regime aberto, além de ter que pagar sete dias de multa.

O casal foi encontrado morto com marcas de tiro no peito e na cabeça, no domingo, 11, em uma praia da cidade de Camaçari, próxima a Salvador, na Bahia. A autoria e a motivação do crime estão sendo investigadas pela 33ª Delegacia de Monte Gordo.

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Os dois acumulavam mais de 100 mil seguidores nas redes sociais, onde ficaram conhecidos como DG e Naroka Rifas. Horas antes do crime, as vítimas publicaram imagens aproveitando o fim de semana na praia com uma moto aquática.

Hynara tinha sido presa em flagrante em 2016. De acordo com a sentença judicial que o Terra teve acesso, naquele ano, ela compareceu a uma agência bancária no bairro da Pituba, em Salvador, e se dirigiu ao caixa, onde apresentou documentos falsificados, se passando por outra cliente do banco. 

Após desbloquear um cartão magnético da conta corrente da vítima, ela efetuou um saque no valor de R$ 4.500 da respectiva conta, recebendo o valor em espécie. Hynara saiu da agência para entregar o dinheiro a um comparsa não identificado, que a aguardava do lado de fora, tendo antes avisado à funcionária que logo retornaria para fazer uma transferência, via TED, também a partir da conta da vítima, no valor de R$ 25 mil. 

A vítima foi avisada do saque através de uma mensagem SMS enviada pelo sistema de segurança do banco e descobriu a fraude ao ir até a agência. Minutos depois, a suspeita retornou ao banco para realizar a transferência via TED e foi presa em flagrante antes que fosse realizada a nova transação fraudulenta. 

Ao ser levada para a delegacia, Hynara confessou o crime. Em dezembro de 2019, ela foi condenada por estelionato. 

Vídeo chorando

Horas antes do crime, Naroka publicou nas redes sociais um vídeo chorando após conversar com uma amiga de infância. Segundo a influencer, fotos publicadas pela amiga a fizeram sentir falta da época de escola. 

"Ela falou que não tinha nenhuma foto comigo, éramos melhores amigas. Na época, eu ia da escola para casa e de casa para a escola, porque eu era escravizada. Não tinha infância, nem adolescência, e sinto falta desses laços que são tão bons para nossa vida. Por isso, hoje eu faço de tudo pelos meus filhos", desabafou.