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Veneno usado para matar mãe e filho foi colocado em doces, diz laudo de perícia

De acordo com peritos, substância é considerada potente e, mesmo em pequena quantidade, pode causar danos irreversíveis

27 dez 2023 - 17h03
(atualizado às 17h43)
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Luzia Tereza Alves e Leonardo Pereira Alves
Luzia Tereza Alves e Leonardo Pereira Alves
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Científica do Estado de Goiás divulgou nesta quarta-feira, 27, o resultado do laudo que apontou que a substância usada para matar mãe e filho, Luzia Tereza Alves e Leonardo Pereira Alves, foi colocada em potes de doces. Segundo os peritos, o composto ingerido pelas vítimas causou uma intoxicação por envenenamento, causando o óbito. 

De acordo com a perícia, a substância, que não teve o nome revelado, é um óxido conhecido pela letalidade e não é fácil de ser encontrada. Mesmo em pequenas quantidades, é capaz de causar danos irreversíveis ao organismo. 

A Polícia Científica afirmou ainda que não era possível perceber a presença da substância, pois ela não possui nem sabor, nem odor. Ela foi detectada nas amostras de bolo no pote e em materiais retirados dos corpos das vítimas, confirmando a suspeita. 

Foram analisadas quatro amostras de bolo, das quais duas estavam contaminadas, além de itens encontrados no local. 

Amanda Partata
Amanda Partata
Foto: Reprodução

Relembre o caso

O caso aconteceu no dia 17 deste mês após Leonardo e a mãe passarem mal pensando, inicialmente, terem sido intoxicados com bolos de uma famosa doceria de Goiânia, a Perdomo Doces. As investigações, no entanto, descartaram a possibilidade, suspeitando de envenenamento. Mãe e filho morreram em um intervalo de poucas horas de diferença.

Leonardo Pereira Alves foi o primeiro a morrer. Em uma publicação em uma rede social, sua filha, Maria Paula Alves, lamentou a morte e deu detalhes sobre como tudo ocorreu.

Segundo ela, o pai acordou, "comeu um alimento comprado em um estabelecimento famoso e bem credificado, mas acabou passando mal."

"Vomitou sem parar, por horas, buscou atendimento médico e, quando eu soube da situação, já havia ocorrido uma série de complicações que acabaram levando a óbito. Entre o primeiro sintoma até seu último suspiro não teve nem 12 horas", continuou Maria Paula.

Na mensagem, ela frisou que não queria apontar culpados, nem procurar motivos para a morte precoce do pai. "O texto é sobre o senhor ter sido --e ainda ser-- o maior exemplo de homem/pai que eu encontrei", escreveu na publicação feita na noite do dia 17.

Horas depois, Maria Paula informou que a sua avó também não resistiu e morreu na madrugada do dia 18. "Ontem minha vovó passou mal junto com meu pai, foi internada no mesmo momento, mesma UTI, aguentou mais tempo mas hoje de madrugada foi acompanhar o meu papai no céu."

A suspeita, a advogada Amanda Partata, foi presa temporariamente na quarta-feira, 20. A Polícia Civil defende que o crime teria sido motivado pelo "sentimento de rejeição que Amanda teve no relacionamento" com o ex-namorado.  

O Terra buscou contato com a defesa de Amanda, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações. 

Fonte: Redação Terra
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