Verão mais seco e intenso dos últimos anos aumentou a atuação dos bombeiros em praias do Rio
Houve um aumento considerável em resgates de crianças perdidas em meio à multidão, bem como afogamentos, se comparados a 2024
O verão de 2025 no Rio de Janeiro foi recorde de calor e resgates, com aumento significativo de crianças perdidas e afogamentos devido à intensa movimentação nas praias.
O verão de 2025 foi o mais quente e seco em mais de dez anos no Rio de Janeiro. Em meados de fevereiro, os termômetros marcaram 44ºC, de acordo com o Centro de Operações da Prefeitura. A última vez em que a marca tinha sido atingida foi no verão de 2014.
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Com o calor intenso, as praias, evidentemente, ficaram bastante movimentadas durante o período, o que ocasionou em um maior número de episódios em que os bombeiros tiveram que atuar, como ao salvar crianças perdidas em meio à multidão na areia, além dos afogamentos.
Ao todo, foram realizados 9.600 resgates nas praias cariocas entre 1º de janeiro e 5 de março, sendo 685 a mais do que no mesmo período de 2024. No ano passado, 426 crianças haviam ficado perdidas, segundo o registro, agora o número saltou para 2.267 - as informações são da Veja Rio.
"No caso dos salvamentos, o que mais impactou foi a temperatura da água, que passou de 20 a 21 graus para 25 a 26, mantendo mais pessoas e por mais tempo no mar", explicou o Major e Porta-Voz do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Fábio Contreiras. Como o calor não dava trégua, inúmeros resgates foram feitos à noite, já que muitas pessoas optavam pelo banho de mar noturno.
Contreiras destacou ainda que, por mais que as praias tenham refletores e holofotes, as luzes não incidem no mar, o que aumenta os riscos pela falta de visibilidade, a partir de uma série inesperada de ondas, bem como as chances de acidentes em função de objetos submersos.
O verão teve início em um sábado, 21 de dezembro de 2024, e durou até a última quinta-feira, 20 de março.