Vereador é preso no Ceará suspeito de envolvimento em homicídio
Vítima foi atingida por disparos de arma de fogo em um estabelecimento comercial, na cidade de Quixadá (CE), e morreu no local
O vereador da cidade de Choró, Manoel Carneiro de Figueiredo Neto, conhecido como Neto Carneiro (PL), de 39 anos, foi preso por suspeita de envolvimento na morte de um homem, de 36 anos, na cidade de Quixadá, no Ceará. Segundo a Câmara Municipal, o parlamentar nega participação no crime.
A vítima foi atingida por disparos de arma de fogo em um estabelecimento comercial, no bairro Cohab, e morreu no local.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS-CE) informou ao Terra que a Polícia Militar capturou em flagrante, na manhã dessa segunda-feira, 29, quatro suspeitos pelo crime de homicídio.
Durante diligências, a equipe policial abordou um veículo com os quatro indivíduos. De acordo com a polícia, dentro do automóvel, foram apreendidas duas pistolas e 23 munições.
Os suspeitos foram conduzidos para a Delegacia Regional de Quixadá da Polícia Civil do Estado do Ceará, onde, com o apoio de imagens de videomonitoramento, a equipe policial chegou à conclusão de que o carro usado no homicídio era o mesmo do grupo apreendido. A motivação do crime não foi divulgada pela Secretaria da Segurança Pública.
Os três adultos foram autuados em flagrante por homicídio doloso. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos foram identificados como:
- O vereador Manoel Carneiro de Figueiredo Neto, de 39 anos;
- Carlos Henrique da Silva Flor, de 30 anos, com antecedentes criminais por roubo a pessoa e tráfico de drogas;
- Francisco Felipe de Lima Nascimento, de 21 anos, com passagens por porte ilegal de arma de fogo;
- E um adolescente que foi autuado por ato infracional análogo ao mesmo crime.
O que diz a Câmara
Em nota publicada nas redes sociais, a Câmara Municipal de Choró, por meio de seu presidente, vereador Antônio Francisco Delmiro, afirmou que tomou conhecimento que o vereador Neto Carneiro teria sido preso pela Polícia Militar.
"No entanto, diante do fato de que o vereador nega ter participado de qualquer ato criminoso; diante do fato de que o vereador alega ter sido coagido a conduzir os acusados mediante ameaça de arma de fogo e sem saber o que se tratava; diante do fato que as autoridades policiais ainda estão realizando investigações a respeito do ocorrido; e diante do fato que a Justiça não formou seu convencimento a respeito do possível envolvimento do vereador no crime do qual é acusado; a Casa decidiu aguardar uma decisão do poder judiciário para se posicionar sobre a situação política do vereador", informou.
A Câmara também afirmou que aguarda uma comunicação formal de Neto Carneiro, por meio de sua defesa, para que o Plenário possa adotar medidas em relação ao cargo político que ele ocupa.
Por fim, informou que, por determinação do presidente da Casa, disponibilizou a assessoria jurídica para acompanhar o caso, para "dar à Câmara uma visão real dos fatos, visando evitar a tomada de quaisquer decisões políticas que possam causar injustiças ao vereador, mas também para preservar a instituição".
O Terra tenta localizar a defesa do vereador. O espaço segue aberto para manifestações.