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Vereador nega acusação de racismo em votação de cotas no RS

5 ago 2014 - 19h47
(atualizado às 19h49)
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O vereador Wilson Batista Duarte da Silva (PMDB), da Câmara de Rio Grande (RS), negou as acusações de racismo das quais foi alvo durante as deliberações que levaram a casa a instituir cotas raciais na cidade. O projeto, aprovado unanimemente pelos vereadores nessa segunda-feira, reserva 20% de vagas para negros em concursos públicos do município.

Em artigo publicado no jornal Agora, o coordenador do Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe de Rio Grande, Jailton de Freitas Neves, acusou o vereador de promulgar um discurso de teor racista e desrespeitoso durante as deliberações do projeto. "Os negros querem se favorecer, isso que é racismo, afinal os negros já estão quase brancos, estão saindo com loira, polaca, estão comendo em restaurantes...", citou Jaílton em suposta referência a uma manifestação do legislador.

O vereador nega a acusação e defende o que chama de cotas sociais, ou seja, baseadas unicamente na faixa de renda da população. “Se nós queremos ver uma cota social, se nós queremos dar uma cota de 20% para os negros, nós temos que dar a quem não teve oportunidade. Aqui, o projeto dá cota de 20% para os negros, e eu entendo que aí só vai entrar quem é filho de pai rico, porque tem muitos negros de poder aquisitivo alto. Então vão preparar seus filhos em cursos para concurso público e essas vagas vão ser preenchidas por eles, e os negros pobres vão ficar pobres", disse.

O vereador considerou o autor do artigo de "mal intencionado" e promete responsabilizá-lo judicialmente. “Isso aí de comer em restaurantes... o que eu disse na tribuna é que hoje acabou o racismo. Hoje os negros estão casando com as brancas assim como as brancas estão casando com os negros. Acabou. Não tem mais racismo. Agora, isso do restaurante.. isso são palavras dele. Ele que colocou por conta própria, e vai ser responsabilizado judicialmente. Isso não são palavras minhas", defendeu-se o vereador.

Fonte: Terra
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