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Ciro diz que Haddad não tem garra para enfrentar "fenômeno protofascista" que ameaça o país

13 set 2018 - 12h43
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O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, voltou a atacar nesta quinta-feira o concorrente do PT ao Palácio do Planalto, Fernando Haddad, a quem criticou por não ter garra para enfrentar o atual momento político da vida brasileira em que o país enfrenta, segundo o pedetista, a ameaça de um "fenômeno protofascista".

Ciro Gomes chega na Academia Brasileira de Ciências, no centro do Rio de Janeiro 13/9/2018 REUTERS/Sergio Moraes
Ciro Gomes chega na Academia Brasileira de Ciências, no centro do Rio de Janeiro 13/9/2018 REUTERS/Sergio Moraes
Foto: Sergio Moraes / Reuters

Depois que Haddad foi confirmado na terça-feira pelo PT como substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na chapa presidencial do partido, Ciro tem feito críticas ao ex-prefeito de São Paulo, com que disputa uma mesma fatia do eleitorado.

Ao mesmo tempo em que evita atacar diretamente Lula, que liderava as pesquisas de intenção de voto até ser barrado de concorrer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa, Ciro tem tentado enfraquecer a candidatura de Haddad.

"Ele não conhece o Brasil, não tem experiência, ele não tem a garra necessária nesse momento difícil da vida brasileira, em que nós estamos na véspera de um fenômeno protofascista, e esse fenômeno protofascista é uma ameaça real ao Brasil", disse Ciro a repórteres, em uma aparente referência velada ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que lidera as pesquisas para a eleição de outubro.

"A gente não pode brincar, chamar a nação para dançar à beira do abismo, só essa é a minha preocupação", afirmou o candidato do PDT, ressaltando que pessoalmente é amigo e tem carinho por Haddad.

Ciro afirmou que suas críticas a Haddad se tornaram "a intriga do momento", mas garantiu que só se manifesta sobre o adversário quanto questionado pela mídia, uma vez que está focado em "propor soluções para o Brasil".

O candidato, que participou do ciclo de reuniões na Academia Brasileira de Ciências, no centro do Rio de Janeiro, para apresentar propostas para as áreas de ciência, tecnologia e inovação, disse que pretende destinar uma fatia de 2 por cento do PIB para esse setor.

"O objetivo é buscar algo ao redor de 150 bilhões de reais, que para um país como o nosso é um objetivo modesto, não é um objetivo improvável de ser alcançado, o problema nosso é que nós destruímos as contas públicas brasileiras", afirmou.

Segundo Ciro, é possível atingir esse valor de investimento por meio de um conjunto de ferramentas com recursos do orçamento público e de fundos setoriais, além de estímulos ao investimento privado em ciência e tecnologia.

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