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Clube Militar defende redução da maioridade penal

Em editorial, instituição diz que há impunidade contra aqueles que cometeram crimes como assassinato, tortura e estupro

17 jun 2015 - 17h59
(atualizado às 18h06)
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"Quem mata, tortura, estupra, de maior ou de menor idade, não pode ter uma segunda chance", diz comunicado
"Quem mata, tortura, estupra, de maior ou de menor idade, não pode ter uma segunda chance", diz comunicado
Foto: Thinkstock

O Clube Militar divulgou texto assinado pelo general Clovis Purper Bandeira, editor de opinião da instituição formada por oficiais da reserva das Forças Armadas, em que defende a redução da maioridade penal, em discussão da Câmara dos Deputados. "A Lei deve defender a vítima, não o seu algoz. este pode e deve ser afastado do convívio social, para evitar que continue assaltando e matando impunimente", diz trecho do texto.

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A proposta de emenda à Constituição (PEC) 171/93, que altera a maioridade penal de 18 para 16 anos, deve ser votada ainda nesta quarta-feira (17) em uma comissão especial da Câmara e levada a plenário no dia 30. Na semana passada, a sessão da leitura do relatório do deputado Laerte Bessa (PR-DF) foi marcado por tumulto entre parlamentares, jovens contrários à mudança e a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, que atirou spray de pimenta contra os manifestantes, atingindo parlamentares e jornalistas presentes. Com o argumento de evitar tumultos na Casa do Povo, seu presidente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinou que tanto na comissão especial quanto no plenário as votações serão fechadas à população.

O Clube Militar apareceu na mídia recentemente por ser contrário aos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que apura crimes de tortura, sequestro, estupro e assassinatos, entre outros, cometidos por agentes de Estado na época da Ditadura Militar e que foram incluídos na Lei de Anistia. Outro trecho do texto da instituição diz: "há que se separar e tratar diferentemente casos muitos distintos. É preciso reconhecer a existência de criminosos perigosos, assassinos, sequestradores, traficantes, estupradores irrecuperáveis, que antes de atingir a idade mágica de 18 anos ou qualquer outra que seja estabelecida, já demonstraram irrefutavelmente serem psicopatas amorais, que devem ser afastados do convívio social para defender a própria sociedade de sua maldade até agora impune."

O documento distriubído para a imprensa traz ainda um adendo do presidente do Clube, general Pimentel, afirmando que as ideias refletem a visão dos membros da instituição e que "o que se exige: quem mata, tortura, estupra, de maior ou de menor idade, não pode ter uma segunda chance de destruir um outro lar, uma outra família".

Veja íntegra do editorial:

Foto: Divulgação
Fonte: Terra
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