Com rompimento próximo, grupo dono de Farm e Arezzo perde R$ 500 milhões em valor de mercado em um dia
Conglomerado Azzas 2154 também agrupa marcas como Reserva e Animale
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As ações do grupo Azzas 2154, maior conglomerado de moda do Brasil, despencaram 10,42% em um único dia, resultando em uma perda de R$ 510 milhões em valor de mercado. O motivo foi a notícia sobre o possível rompimento da fusão entre Arezzo&Co e Grupo Soma.
Além dessas duas, Farm, Reserva e Animale também são marcas que fazem parte do grupo.
O rompimento entre os líderes Alexandre Birman e Roberto Jatahy estaria em fase de negociação, informou o jornal O Globo neste sábado, 15. A complexidade estaria na precificação de cada grupo, dado que a Azzas, atualmente, vale menos que o valor pago pelo Soma para adquirir a Hering há quatro anos.
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Uma possível solução seria a divisão das marcas: Birman ficaria com Arezzo, Schutz, Anacapri e Reserva, enquanto Jatahy levaria Farm, Animale e outras. No entanto, há discussões sobre a permanência da Hering, que pode acabar nas mãos de Birman.
De acordo com o Globo, a cisão não surpreende o mercado, pois desde o início da fusão havia dúvidas sobre a compatibilidade dos estilos de gestão de Birman e Jatahy.
Além disso, o Azzas já vinha enfrentando dificuldades, como o fechamento de marcas como Alme e Troc, e a revenda da Baw. A empresa também recebeu críticas por ações que pareciam contradizer o discurso de sustentabilidade.
A incompatibilidade entre os executivos já era percebida no setor, com especialistas apontando para culturas empresariais distintas. O nome da companhia, “2154”, foi inspirado na visão de longo prazo de Birman, mas a realidade se mostrou mais instável.
O impacto do rompimento não se restringe ao grupo, mas afeta o mercado de moda e varejo como um todo. Há preocupação com o futuro das marcas e possíveis demissões, além de impactos na concorrência.
O grupo Azzas 2154 disse ao Globo que não comentaria rumores de mercado e afirma que segue focado em sua estratégia.
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