Congresso inaugura ano legislativo em meio a tensão com STF
Parlamentares devem promover 'contraofensiva' por operações
BRASÍLIA, 05 FEB - O senador Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Congresso, inaugura nesta segunda-feira (5) o ano legislativo, deverá ser marcado pelas eleições municipais de 6 de outubro e por tensões com o Supremo Tribunal Federal (STF), após buscas recentes em gabinetes de parlamentares.
Uma proposta que começou a ser discutida antes do recesso defende o aval para a realização, por parte da Polícia Federal (PF), de operações contra legisladores, como as que tem acontecido nas últimas semanas.
O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a realização de buscas nos gabinetes dos deputados Alexandre Ramagem (PL), por sua suposta participação no esquema de espionagem ilegal conhecido da "Abin paralela"; e Carlos Jordy (PL), suspeito de ter atuado na coordenação da tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023.
A queda de braço entre Legislativo e Judiciário também inclui uma proposta para a delimitação dos mandatos para ministros do STF, que atualmente não têm um período fixo, apenas uma idade de aposentadoria compulsória.
A solenidade será presidida por Pacheco e pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), que nesta semana deve ter encontros com ministros para discutir o corte de R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares determinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). .