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Conheça Zumbi dos Palmares e entenda a Consciência Negra

20 nov 2014 - 07h30
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<p>Pintura retrata o herói nacional Zumbi dos Palmares</p>
Pintura retrata o herói nacional Zumbi dos Palmares
Foto: Wikimedia Foundations / Reprodução

O dia da Consciência Negra, celebrado no Brasil em 20 de novembro, já virou feriado no País, embora não seja adotado em todos os locais - é feriado em apenas 1.047 municíos brasileiros.

A data ganhou destaque neste ano, com milhares de pessoas fazendo a emenda de feriado (ou ponte) entre quinta e sexta-feira, tendo, assim, o último fim de semana prolongado de 2014.

No entanto, nem todos sabem que a data, na verdade, não celebra simplesmente a consciência afro-brasileira, que comemora 44 anos neste ano, mas relembra o aniversário da morte de Zumbi dos Palmares, líder da República dos Palmares - também conhecida como Quilombo dos Palmares - no dia 20 de novembro de 1695.

A data da morte foi descoberta apenas em 1971 e tornou-se feriado nacional 30 anos depois, em 2011, com algumas cidades adotando a pausa em seu calendário. Antes disso, em 2003 a data foi inserida no calendário escolar brasileiro.

Vida de Zumbi

A cronologia da morte de Zumbi dos Palmares começa mesmo antes de seu nascimento. Em 1600, escravos negros foragidos dos engenhos de açúcar de Pernambuco fundam, na Serra da Barriga (CE), o Quilombo dos Palmares – 30 mil passam a morar na região.

Em 1644, após 14 anos de presença no nordeste brasileiro, os holandeses falham na invasão ao Quilombo. Em 1654, eles são expulsos pelos portugueses do nordeste.  

Zumbi nasceu em 1655, em um dos acampamentos no Quilombo. Ainda jovem, ele foi aprisionado em 1662 e dado ao padre Antonio Melo que o batizou como Francisco. Ele ensinou ao jovem latim e português e, por sua vez, passou a ajudar o sacerdote em suas missas.

Em 1670, o escravo, agora catequisado, foge e regressa à Palmares.

Zumbi, o líder e estrategista militar

Durante uma batalha entre tropas portuguesas e os escravos no local, em 1675, Zumbi surge como liderança militar durante os combates.

Três anos depois, após 78 anos de resistência, Pedro Almeida, o governador da capitania de Pernambuco tenta um acordo com outro líder do Quilombo, Ganga Zumba.

Em troca da paz entre escravos e tropas, Almeida propõe que o Quilombo seja destruído. Zumbi rechaça a proposta; ele acreditava que todos os negros deveriam ser livres, e não deveriam voltar à escravidão.

Capítulo Final

Durante 14 anos, entre 1680 e 1694, Zumbi liderou a República dos Palmares retaliando e afastando os ataques das tropas portuguesas. Porém, em 1694, com apoio da artilharia, os portugueses derrotaram Zumbi e destruíram a República dos Palmares.

Ferido e derrotado na Cerca do Macaco - principal mulambo dos Palmares - Zumbi ainda consegue fugir dos militares portugueses comandados por Domingos Jorge Velho e Vieira de Mello.

O líder negro ainda conseguiu viver durante um ano, até ser denunciado por um antigo companheiro. Zumbi foi localizado pelos portugueses, preso e degolado em 20 de novembro de 1965.

Com informações da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Social

Fonte: Terra
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