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Contra a nomeação de Kátia Abreu, MST ocupa fazenda no RS

22 nov 2014 - 19h31
(atualizado às 19h31)
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<p>Imagem de arquivo de outra ocupação do grupo</p>
Imagem de arquivo de outra ocupação do grupo
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Cerca de 2 mil jovens integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam uma fazenda à beira da BR 158, em Palmeira das Missões, no Rio Grande do Sul, na manhã deste sábado. De acordo com o movimento, o objetivo do ato foi "denunciar o modelo do agronegócio, defendido amplamente pela bancada ruralista, que tem a senadora Kátia Abreu como referência política". 

Embora o anúncio oficial deva ser feito apenas a partir de quarta-feira, Kátia (PMDB-TO) é a principal cotada para assumir o Ministério da Agricultura no próximo governo de Dilma Rousseff (PT). 

De acordo com o MST, a Fazenda Pompílio possui 2 mil hacteres de cultivo de milho transgênico. Em nota, o movimento afirmou que o consumo deste tipo de alimento "causa inúmeras doenças, como câncer, depressão, doenças de pele e contaminação do leite materno". O agronegócio, por sua vez, "envenena a terra, contamina a produção que a população brasileira consome e é um dos grandes responsáveis por retirar violentamente camponeses e indígenas do meio rural para garantir seu plantio em larga escala para a exportação". 

“O agronegócio tem como lógica a terra para produção de mercadorias, com uso intensivo de agrotóxicos e sementes transgênicas destruindo os recursos naturais e a saúde dos trabalhadores e de toda a população. Além disso, empresas estrangeiras passam a controlar o território brasileiro, por meio da associação com os latifúndios improdutivos, e se apropriando de terras que deveriam ser destinadas à Reforma Agrária. Não produzem alimentos para o povo brasileiro. Deterioram o ambiente com o uso da monocultura, como de soja, eucalipto, cana-de-açúcar e pecuária intensiva”, disse Raul Amorim, da coordenação do coletivo de juventude do MST. 

Fonte: Terra
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