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Coronavírus: Brasil tem 3ª maior alta de mortes por covid-19 entre países mais letais no pós-festas

Salto, de 23%, entre 3 e 10 de janeiro, é também superior à média mundial (11%), na comparação com semana imediatamente anterior; Reino Unido (51%) e Alemanha (35%) estão à frente do Brasil.

14 jan 2021 - 07h57
(atualizado às 08h51)
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Alta de mortes no Brasil, de 23%, entre 3 e 10 de janeiro, é também superior à média mundial (11%), na comparação com semana imediatamente anterior
Alta de mortes no Brasil, de 23%, entre 3 e 10 de janeiro, é também superior à média mundial (11%), na comparação com semana imediatamente anterior
Foto: BBC News Brasil

O Brasil registrou a terceira maior expansão no número de novas mortes entre os cinco países com mais óbitos por covid-19 após o período de festas de final de ano, no primeiro levantamento completo publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A alta, de 23%, entre 3 e 10 de janeiro, é também superior à média mundial (11%), na comparação com a semana imediatamente anterior.

Considerando os cinco países com mais mortes nesse período, o salto no número de novos óbitos por coronavírus no Brasil é apenas inferior ao do Reino Unido (51%) e Alemanha (35%).

Os países que mais registraram mortos entre 3 e 10 de janeiro foram, nessa ordem: Estados Unidos (20.633 mortes, alta de 20%), Reino Unido (6.290, alta de 51%), Alemanha (6.071, alta de 35%), Brasil (6.049, alta de 23%) e México (5.562, alta de 19%).

Globalmente, foram 85.436 novas mortes no período analisado.

O Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de mortos por covid-19 (201.460), atrás apenas dos Estados Unidos (365.886).

Em relação ao número de casos confirmados nessas mesmas datas, o Brasil também teve uma expansão superior à média global.

Foram 313.130 novas infecções no país entre 3 e 10 de janeiro, alta de 24%. No mundo, o total foi de 4.953.758, alta de 20%.

Considerando os cinco países com mais novos casos confirmados nesse período, o salto do Brasil foi o segundo maior, atrás apenas da dos Estados Unidos (35%).

Os países que mais registraram novos casos de coronavírus entre 3 e 10 de janeiro foram, nessa ordem: Estados Unidos (1.786.773, alta de 35%), Reino Unido (417.620 casos, alta de 22%), Brasil (313.130 casos, alta 24%), Rússia (165.165, alta de 12%) e Alemanha (142.861, alta de 15%).

Nesse período, segundo a OMS, o continente americano respondeu por 51% dos novos casos e 45% das novas mortes globalmente.

Todas as regiões, exceto o Sudeste Asiático, registraram um aumento no número de novos casos, com o Pacífico Ocidental, a África e as Américas com crescimento superior a 30%.

Já a Europa teve uma expansão menor (10%), mas ainda representa mais de um terço das novas infecções no mundo, acrescentou a OMS.

O Brasil é o terceiro país do mundo com o maior número de casos confirmados (8.013.708), atrás apenas dos Estados Unidos (21.761.186) e Índia (10.450.284).

Alta em novas mortes no Brasil no período pós-festas é inferior somente à do Reino Unido (51%) e Alemanha (35%)
Alta em novas mortes no Brasil no período pós-festas é inferior somente à do Reino Unido (51%) e Alemanha (35%)
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Novas mutações

No levantamento, a OMS fala também sobre as mutações do coronavírus e destaca que foi notificada pelo Japão sobre uma nova variante do vírus detectada em quatro viajantes vindos do Brasil.

"Pesquisadores no Brasil também relataram o surgimento de uma variante semelhante também com uma mutação E484K, que provavelmente evoluiu independentemente da variante detectada entre os viajantes que chegaram ao Japão. A extensão e a importância para a saúde pública dessas novas variantes requerem mais investigação".

"É bem sabido que os vírus mudam constantemente por meio de mutações e, portanto, o surgimento de novas variantes é uma ocorrência esperada. Muitas mutações não têm impacto sobre o vírus em si, enquanto algumas podem ser prejudiciais ao vírus e poucas podem resultar em uma vantagem para o vírus".

"Essas variantes que geram preocupação identificadas em diferentes países destacam a importância de aumentar a capacidade de diagnóstico e sequenciamento sistemático do SARS-CoV-2 onde a capacidade permitir, bem como o compartilhamento oportuno de dados de sequência internacionalmente", diz a OMS.

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