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CPI da Covid quebra sigilos de ex-ministros Pazuello e Araújo

Pedidos também atingem membros do governo e de empresas médicas

10 jun 2021 - 12h29
(atualizado às 12h41)
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Os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 determinaram a quebra dos sigilos telefônico e telemático dos ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), além de diversos funcionários do governo, empresários, profissionais de saúde e colaboradores de empresas médicas nesta quinta-feira (10).

Pazuello teve seus sigilos telefônico e telemático quebrados pela CPI
Pazuello teve seus sigilos telefônico e telemático quebrados pela CPI
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Os dois ex-ministros já deram depoimentos à CPI e estão sendo investigados por conta da gestão da pandemia.

Ainda no âmbito do governo, terão seus dados requisitados o assessor internacional da Presidência da República, Filipe Martins, o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Francieli Fantinato, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação, Mayra Pinheiro, os ex-assessores do Ministério da Saúde Zoser Hardman e Flávio Werneck e os ex-secretários e ex-diretores da mesma pasta Antônio Franco Filho e Camile Giaretta Sachetti.

Fora do governo federal, foram quebrados os sigilos do ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campelo e do coordenador do Comitê da Crise do Amazonas, Francisco Ferreira Filho.

Também foram incluídos no pedido o empresário Carlos Wizard e os médicos Paulo Zanotto e Luciano Dias Azevedo, apontados como membros do "Gabinete Paralelo" da gestão da pandemia; da Precisa Medicamentos, foram incluídos o representante Túlio Silveira e o sócio Francisco Emerson Maximiano.

Ainda consta na lista o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Alexandre Figueiredo Costa e Silva Marques, que foi afastado internamente após adicionar um documento no sistema do TCU em que acusava os governadores de superestimarem as mortes por coronavírus Sars-CoV-2 no Brasil. Os dados foram citados, no mesmo dia da adição, o último domingo (6), pelo presidente Jair Bolsonaro.

Os senadores também aprovaram a queda do sigilo bancário e fiscal de três empresas - Profissionais de Publicidade Reunidos (Empresa PPR), Calya/Y2 Propaganda e Marketing e Artplan Comunicação - e da Associação Dignidade Médica de Pernambuco.

A CPI decidiu convocar o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, e o presidente do grupo, Omar Aziz (PSD-AM), convidará o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, e um representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), ainda a ser definido para prestarem depoimento. Os dois últimos não são obrigados a aceitar o pedido.

A maior parte dos requerimentos aprovados - 21 de 23 - foram propostos pelo senador Alessandro Vieira (Cidadanis-SE).

As deliberações ocorreram nesta quinta-feira após o governador do Amazonas, Wilson Lima, não comparecer à sessão. O político foi beneficiado por uma decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, que afirmou que ele não era obrigado a prestar depoimento por ser investigado pela Polícia Federal pelo desvio de verbas para o combate à pandemia em seu estado. .

Ansa - Brasil
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