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Cuba aumenta salários de médicos em até 200%

Medida anunciada nesta sexta-feira pelo governo cubano vai beneficiar tanto médicos que trabalham na ilha quanto fora do país, incluindo os 11,4 mil que atuam no Brasil

21 mar 2014 - 19h10
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O governo de Cuba anunciou nesta sexta-feira aumentos que variam de 100% a 200% nos salários dos profissionais da área médica que atuam tanto na ilha como fora do país. De acordo com a imprensa oficial cubana, os salários atingirão 440 mil profissionais, incluindo o 11,4 mil médicos cubanos que atuam no Brasil no programa Mais Médicos. Atualmente, o país possui 50 mil médicos trabalhando no exterior. As informações são da agência Ansa.

A ilha cubana é o país com o maio número de médicos por habitantes, sendo 6,7 profissionais para cada mil habitantes. E o setor de serviços médicos é a principal fonte de receitas, sendo que o governo local estima que isso gere cerca de US$ 8,2 bilhões para o país - o que equivale a 40% das exportações da ilha.

Os aumentos nos salários dos médicos e enfermeiros é resultado de um programa de modernização da economia da ilha, implantado por Raúl Castro. O governo divulgou em nota que "o resultado da reorganização do setor, entre os anos de 2010 e 2013, o número de trabalhadores foi reduzido em 109 mil cargos, o que amparou o governo a dar esse aumento".

ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros. Eles não precisarão passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro que vier ao Brasil deverá atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- Criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo de dois anos na graduação em que os estudantes atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Terra
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