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Defesa de Battisti entrará com recurso na próxima semana

Advogado do italiano chamou decisão de juíza de "equívoco"

13 mar 2015 - 14h17
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Ele viveu na França e fugiu do país quando teve sua extradição autorizada
Ele viveu na França e fugiu do país quando teve sua extradição autorizada
Foto: Wikimedia

Após a breve prisão do italiano Cesare Battisti ocorrida na noite de quinta-feira (12), o seu advogado, Igor Sant'Anna Tamasauskas, disse nesta sexta (13) que entrará com recurso contra o pedido de deportação do seu cliente na semana que vem.

Com a detenção do ex-ativista pela Polícia Federal, pode-se considerar agora que ele está ciente da decisão da magistrada Adverci Rates Mendes de Abreu de expulsá-lo do Brasil. "Temos que recorrer da sentença para mostrar o equívoco dessa juíza", declarou Tamasauskas.

No último dia 26 de fevereiro, Mendes de Abreu, titular da 20ª vara do Distrito Federal, determinou em primeira instância a deportação de Battisti, que, segundo ela, está em situação irregular no país. De acordo com sua sentença, a condenação do ex-ativista por crime doloso na Itália impede a concessão de visto pelo governo brasileiro.

A decisão foi tomada após uma ação apresentada pelo Ministério Público Federal questionando a sua permanência e, na visão da magistrada, não contraria a posição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não extraditar o italiano.

Polícia Federal prende Cesare Battisti para deportá-lo:

Na noite de quinta-feira, Battisti foi preso pela PF em Embu das Artes, cidade da Grande São Paulo onde ele vive com a família, para fins de deportação. No entanto, seu advogado conseguiu um habeas corpus para libertar o italiano.

Segundo Tamasauskas, a detenção foi um "absurdo". Contudo, ele disse que Battisti está bem e vai seguir sua vida normalmente. "Eu mesmo o levei até a casa dele, o deixei com a esposa", salientou.

Membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) nos anos 1970, o ex-ativista foi condenado à prisão perpétua pela Justiça italiana por "terrorismo" e envolvimento em quatro assassinatos. Ele viveu na França e fugiu quando teve sua extradição autorizada.

Foi para o México e, em seguida, ao Brasil, onde foi preso em 2007. O STF também chegou a autorizar sua extradição, mas o ex-presidente Lula decidiu, no último dia de seu segundo mandato, mantê-lo no país.

Fonte: ANSA Brasil
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