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Deputado nega acusações de ex-diretor da Petrobras

Assessor de Aníbal Gomes disse que o parlamentar nunca teve recursos para encaminhar ao senador Renan Calheiros

14 jul 2015 - 14h51
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Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, em depoimento na CPI da Petrobras, em maio
Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, em depoimento na CPI da Petrobras, em maio
Foto: Lúcio Bernardo Jr / Câmara dos Deputados

O deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) refutou nesta terça-feira as acusações feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em depoimento prestado na segunda-feira à Justiça do Paraná. O parlamentar que ainda está no Ceará só deve chegar a Câmara no final desta tarde, mas o assessor de gabinete Paulo Roberto Silva antecipou que as conversas de Gomes com Costa sempre foram institucionais. “Nunca teve promessas e muito menos recursos para encaminhar ao presidente Renan Calheiros (PMDB-AL),” garantiu. 

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Aníbal Gomes não pretende recorrer a qualquer estratégia e espera para ser ouvido pelas autoridades que investigam irregularidades na estatal pela Operação Lava Jato. “Ele vai ter que ser ouvido mas não foi marcada ainda a data”, explicou o assessor ao destacar que o nome do parlamentar estava na lista dos 53 mandados de busca e apreensão, na Operação da Polícia Federal que foram emitidos a partir de provas obtidas na Operação Lava Jato.

As buscas ocorrem na Bahia, Pernambuco, Alagoas, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. Segundo Silva, como agente da polícia apreenderam equipamentos e documentos em apartamentos do mesmo prédio em que Aníbal Gomes tem residência em Brasília, “houve uma confusão”, mas não foi feita qualquer intervenção em sua casa.

O cumprimento dos mandatos nesta terça-feira criou uma expectativa ainda maior sobre o depoimento do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, marcado para o início da tarde de quarta-feira na CPI da Petrobras. Cardozo foi convocado pelo colegiado para falar sobre o grampo encontrado na sela do doleiro Alberto Youssef na superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Mas, o governo sabe que o assunto deve se estender para os resultados das apreensões feitas nesta terça-..

“Não deixa de trazer tensão política mas não é preocupação do governo. A preocupação do governo é ele vir aqui, dar as informações necessárias e convencer a Casa das ações a frente do Ministério da Justiça”, afirmou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Segundo ele, o governo encarou com “a mais absoluta naturalidade” a vinda do ministro, mas também está “absolutamente tranquilo.”

A declaração de Guimarães foi feita depois de deixar a sala da Presidência da Câmara, onde líderes partidários estão reunidos para discutir as votações desta última semana de trabalho da Casa antes do recesso parlamentar. Segundo ele, os deputados devem limitar as apreciações e votação de itens do projeto de lei da minirreforma eleitoral (PLs 2259/15 e 5735/13) e de destaques que foram apresentados à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Política (182/07).

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