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Detentas fazem farra com facas, celulares e drogas no Ceará

De acordo com agentes penitenciárias, os objetos são jogados por cima do muro do presídio

11 jun 2015 - 19h09
(atualizado às 19h22)
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Cinco encarceradas envolvidas no episódio foram identificadas e punidas
Cinco encarceradas envolvidas no episódio foram identificadas e punidas
Foto: Reprodução / Facebook

Na última quarta-feira (10) fotos de presidiárias cearenses locadas no Instituto Penal Desembargadora Auri Moura Costa circularam nas redes sociais e expuseram falhas na segurança do presídio feminino, além da situação de risco em que as agentes penitenciárias do Ceará passam em seu dia a dia. Apesar das 5 encarceradas envolvidas no episódio terem sido identificadas, colocadas por 30 dias em isolamento e agora responderem ao Conselho Disciplinar da Secretaria de Justiça do Ceará, com a possibilidade de terem suas penas aumentadas, o problema é maior do que aparenta.

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Em conversa com agentes penitenciárias (que pediram para não serem identificadas) foi revelado que na última semana o total de 32 celulares foram apreendidos somente na ala D do presídio feminino, a mesma ala em que ficam as 5 envolvidas no episódio das fotos e que atualmente abriga 230 internas. Além dos celulares, segundo as agentes, já foi encontrado facas, carregadores de celular, serras para serem utilizadas nas grades e drogas (cigarro, maconha, cocaína). 

Agentes penitenciárias revelam que na última semana o total de 32 celulares foram apreendidos somente na ala D do presídio feminino
Agentes penitenciárias revelam que na última semana o total de 32 celulares foram apreendidos somente na ala D do presídio feminino
Foto: Divulgação/ Instituto Penal Desembargadora Auri Moura Costa

Questionadas sobre a forma que estes objetos entram nas celas, uma agente colocou que as entregas são feitas através do "rebolo", nome dado ao embrulho jogado por cima dos muros da penitenciária . "Elas (detentas) serram as grades das janelas e vão no pátio buscar os rebolos de madrugada. Como não temos armas de fogo, não vamos atrás para buscar. Ninguém sabe o que vem nesses rebolos", destacou a servidora pública. 

Segundo as agentes penitenciárias também está sendo averiguada uma denúncia vinda de dentro da carceragem, onde uma arma de fogo pode ter entrado no presídio por via da técnica do `'rebolo" e se encontra em posse das detentas. Ainda sobre a forma de como os artefatos encontrados entram no presídio, também foi destacado que após a emissão de uma portaria que proíbe a vistoria íntima dos visitantes, a presença de drogas aumentou significativamente dentro do presídio feminino. 

Cinco encarceradas envolvidas no episódio foram identificadas e punidas
Cinco encarceradas envolvidas no episódio foram identificadas e punidas
Foto: Reprodução / Facebook

Outro fato mencionado pelas servidoras e que está facilitando a utilização da técnica do "rebolo" pelas detentas é o tamanho da vegetação localizada no entorno e dentro do presídio, que não vem sendo manejada. "Do lado de dentro a gente coloca as próprias presas para cortarem o mato com foices. Isso ajuda um pouco, mas o mato cresce muito rápido. Já do lado de fora, eu nunca vi sendo cortado", declarou em tom de indignação uma das agentes penitenciárias.

Segundo nota emitida pela Secretaria de Justiça do Ceará, um body scanner (raio-x corporal) está em processo de licitação, contudo, sem previsão de chegada. Atualmente o Instituto Penal Desembargadora Auri Moura Costa possui 750 internas, contudo, sua capacidade é de somente 374 presas. 

Prisão perpétua para ex-chefe de segurança da China:
Fonte: Especial para Terra
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