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Greve dos rodoviários entra no 3º dia e afeta 1 milhão no DF

Nenhum ônibus deixou as garagens das cinco empresas de transporte coletivo de Brasília durante a paralisação

10 jun 2015 - 13h13
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Rodoviários do Distrito Federal decidem por greve em assembleia realizada no último domingo
Rodoviários do Distrito Federal decidem por greve em assembleia realizada no último domingo
Foto: Tony Winston / Agência Brasília

A greve dos rodoviários do Distrito Federal (DF) entra hoje (10) no terceiro dia. A categoria pede reajuste de 20% nos salários e de 30% no auxílio-alimentação e na cesta básica, além da manutenção dos planos de saúde. Os empresários ofereceram 8,34% de reajuste salarial.  Sem acordo, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) marcou para esta manhã uma audiência de conciliação e instrução entre rodoviários e empresas. A audiência foi marcada depois que as empresas entraram com pedido de reconhecimento da ilegalidade da greve com base na decisão do TRT que determinou, em caráter liminar, a circulação de 70% dos ônibus, nos horários de pico, e de 50% nos demais horários, sob multa diária de R$ 100 mil ao sindicato da classe. A reunião será conduzida pelo desembargador André Damasceno.

O dissídio coletivo de greve é um tipo de ação utilizada para a resolução de conflitos entre partes que mantêm relações trabalhistas quando as possibilidades de negociação direta entre elas estão totalmente esgotadas. No primeiro passo do processo da audiência, rodoviários e empresários serão incentivados a celebrar um acordo. Caso o impasse continue, a Justiça poderá impor uma solução às partes, além de se manifestar sobre a legalidade do movimento grevista.

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A pedido da Justiça, o governo do Distrito Federal enviou relatório sobre a greve apontando que nenhum ônibus deixou as garagens das cinco empresas de transporte coletivo de Brasília durante a paralisação. Cerca de 2,7 mil veículos permanecem parados e a greve afeta 1 milhão de pessoas em todas as regiões do DF, segundo o governo.

Sem ônibus, a população teve que recorrer ao transporte pirata – veículos sem licença para conduzir passageiros –, ao metrô ou a tirar o carro da garagem. A todo momento, é possível ver ônibus, micro-ônibus e vans piratas circulando pelas diversas regiões do DF. Os preços cobrados, nesse caso, chegam a R$ 10, dependendo do horário de circulação. O preço da tarifa no DF varia entre R$ 1,50 e R$ 3.

O Metrô-DF informou que colocou a quantidade máxima de trens em circulação nos horários de pico: 26. Com isso, 2,8 mil pessoas a mais podem fazer cada viagem programada. O volume de passageiros teve um acréscimo de cerca de 30% por conta da greve, segundo a companhia. Para tentar diminuir o impacto no trânsito, o governo liberou até o meio-dia para os carros as faixas exclusivas de ônibus das principais vias do DF.

Rodoviários também entraram em greve em Belo Horizonte. Nessa terça-feira (9), algumas linhas foram afetadas pela suspensão completa da circulação de ônibus. Em outras linhas, afetadas parcialmente, a frequência de veículos foi menor, e os usuários tiveram de enfrentar uma longa espera. A BHTrans, empresa municipal responsável pelo sistema de transporte, informou, no fim da noite, que a situação foi normalizada. Para hoje, no entanto, não há uma definição.

Trabalhadores que furam a greve são xingados por manifestantes no RS:
Agência Brasil Agência Brasil
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