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Dilma condena 'constrangimento' de Evo Morales na Europa

3 jul 2013 - 16h47
(atualizado às 16h57)
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A presidente Dilma Rousseff condenou nesta quarta-feira o que considerou um “constrangimento” ao presidente da Bolívia, Evo Morales, que teve o pouso de seu avião negado por países europeus devido a suspeita de que o ex-analista da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), Edward Snowden, estaria na aeronave. Para a presidente, a atitude europeia compromete o diálogo entre o continente e a América Latina.

“O governo brasileiro expressa sua indignação e repúdio ao constrangimento imposto ao presidente Evo Morales por alguns países europeus, que impediram o sobrevoo do avião presidencial boliviano por seu espaço aéreo, depois de haver autorizado seu trânsito”, afirma um trecho da nota atribuída à presidente brasileira.

Autoridades bolivianas informaram que o avião de Morales teve que ser desviado a Viena na terça-feira à noite, depois que França, Itália e Portugal negaram o pedido de entrada em seu espaço aéreo.

“O constrangimento ao presidente Morales atinge não só à Bolívia, mas a toda América Latina. Compromete o diálogo entre os dois continentes e possíveis negociações entre eles. Exige pronta explicação e correspondentes escusas por parte dos países envolvidos nesta provocação”, diz Dilma em outro trecho.

“Causa surpresa e espanto que a postura de certos governos europeus tenha sido adotada ao mesmo momento em que alguns desses mesmos governos denunciavam a espionagem de seus funcionários por parte dos Estados Unidos, chegando a afirmar que essas ações comprometiam um futuro acordo comercial entre este país e a União Europeia”, acrescenta a presidente.

A governante brasileira se solidarizou com o presidente do país vizinho e se comprometeu a encaminhar “iniciativas em todas instâncias multilaterais, especialmente em nosso continente, para que situações como essa nunca mais se repitam”.

Para essa quinta-feira, a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) convocou uma reunião emergencial a ser realizada em Cochabamba, na Bolívia. Quem representará o governo brasileiro é o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo Santos.

Foto: Terra

Fonte: Terra
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