Dino nega "peremptoriamente" determinação política em investigação sobre aliado de Lira
Operação da PF investiga suposto esquema de superfaturamento na compra de kits de robótica para escolas públicas em 43 cidades de Alagoas
O ministro da Justiça, Flávio Dino, negou "peremptoriamente" direcionamento político na operação da Polícia Federal contra um aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em Alagoas.
Em entrevista à GloboNews, Dino afirmou que não cabe a ele ou à PF determinar investigações contra quem quer que seja e que as diligências contra o aliado de Lira foram determinadas pela Justiça em Alagoas.
Na última quinta-feira, 1º, a PF cumpriu 27 mandados judiciais de busca e apreensão, em quatro Estados e no Distrito Federal, para investigar fraude em licitação e lavagem de dinheiro.
A investigação é sobre a suspeita de desvios em contratos para a compra de kits de robótica com dinheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para escolas públicas em 43 cidades de Alagoas.
O caso teve origem em reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada em abril do ano passado sobre as aquisições em municípios do estado, todas assinadas com uma mesma empresa pertencente a aliados a Arthur Lira.
Durante as buscas, em um endereço em Maceió ligado a um policial civil investigado, a PF encontrou ao menos R$ 4,4 milhões em um cofre superlotado com dinheiro vivo.
Lira foi um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e teve apoio da base do governo Lula (PT) para ser reeleito presidente da Câmara em fevereiro.
*Com informações de Redação Terra.