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Diretor da OMS elogia nomeação de Nísia Trindade como ministra da Saúde

Presidente da Fiocruz será a primeira mulher a comandar a pasta

23 dez 2022 - 11h10
(atualizado às 11h22)
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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, elogiou a nomeação da presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, como ministra da Saúde do futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Aos 64 anos de idade, Trindade será a primeira mulher na história a comandar o Ministério da Saúde do Brasil e vai romper com a abordagem anticiência que marcou os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro.

"Parabéns à minha amiga Dr. Nísia Trindade por ser indicada para ser ministra da Saúde do Brasil, a primeira mulher a assumir esta posição. Tudo de bom, e conto que trabalharemos juntos nos próximos anos para avançarmos na saúde para todos", escreveu Adhanom no Twitter, em português.

Também na rede social, a presidente da Fiocruz agradeceu pela "gentileza" do diretor da OMS e disse que a organização sanitária e o multilateralismo "mostram-se essenciais, sobretudo em tempos de emergências sanitárias que tendem a se globalizar de forma acelerada".

O governo Bolsonaro teve quatro ministros da Saúde em quatro anos (Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich, Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga) e ficou marcado pela gestão desastrosa da pandemia de Covid-19, com atrasos na compra de vacinas e boicotes sistemáticos a medidas anticontágio.

Isso se traduziu em um saldo de quase 700 mil mortes pelo novo coronavírus, sem contar a subnotificação. Em março de 2021, Adhanom chegou a cobrar que o Brasil levasse a pandemia "a sério", em meio à resistência de Bolsonaro em apoiar medidas sanitárias para conter a Covid-19.

Nísia Trindade, por sua vez, preside a Fiocruz - uma das principais fabricantes de vacinas do Brasil - desde 2017 e criou o Observatório Covid-19, projeto de monitoramento dos dados da pandemia no país. Além disso, participou das negociações para produzir o imunizante da AstraZeneca nas instalações da Fiocruz. 

Ansa - Brasil
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