Dois detentos morrem em presídio do Maranhão, mesmo com presença da PM
Dois presos morreram nesta quinta-feira em uma cadeia de São Luís, no Maranhão, apesar da presença da Polícia Militar que desde sexta-feira passada reforça a segurança nos presídios da região, uma das mais violentas do país, segundo informou a "Agência Brasil".
Ambos os crimes ocorreram no complexo penitenciário de Pedrinhas, o maior do estado e onde ocorreu a maior a parte das 60 mortes, três pelas por decapitação, registrada nas diferentes prisões do Maranhão, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
As vítimas são Josivaldo Pinheiro Lindoso, de 35 anos, e Sildener Pinheiro Martins, de 19 anos, cujos corpos foram encontrados hoje em dependências distintas do complexo, apontaram as mesmas fontes.
Em 27 de dezembro, 60 policiais atuam "por tempo indeterminado" em diversas prisões do estado devido à violência registrada nos últimos meses e à superpopulação carcerária.
A decisão de intervir nos presídios foi tomada depois que uma comissão de representantes do Ministério Público e do CNJ realizou uma inspeção em diferentes prisões do estado.
Após a visita, o CNJ relatou em um relatório que a aglomeração das prisões não oferece "condições para manter a integridade física dos presos, seus parentes e que freqüentam os presídios", especialmente o de Pedrinhas.
De acordo com a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária do Estado do Maranhão, atualmente há 2.196 presos no complexo penitenciário, que tem capacidade para 1.770 pessoas.
Segundo o Governo do Maranhão, a Polícia Militar não assumiu a direção das unidades, mas se encarrega de reforçar a segurança.
O objetivo é aumentar a frequência de visitas às celas, intensificar os processos de segurança e reforçar a vigilância noturna, assinalaram as mesmas fontes.