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Doria diz que irá ao STF se não receber doses da AZ

Governador de São Paulo afirmou que o Ministério da Saúde tem até terça-feira para enviar 1 milhão de doses da vacina

12 set 2021 - 16h14
(atualizado às 21h17)
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse neste domingo que o governo estadual recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso não receba até terça-feira 1 milhão de doses da vacina da AstraZeneca contra covid-19 do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde a que afirma ter direito. 

A pasta nega dever essas doses ao Estado e afirma que a falta de doses do imunizante para aplicação da segunda dose em São Paulo se deve ao fato de autoridades paulistas terem usado as doses reservadas para a segunda aplicação para acelerar a primeira dose, o que a Secretaria de Saúde paulista nega.

"O Ministério da Saúde deve sim 1 milhão de doses da vacina AstraZeneca a São Paulo e terá que disponibilizar até terça-feira. Se não o fizer, como já aconteceu outras vezes, vamos ao Supremo Tribunal Federal. A mesma corte que foi atacada pelo presidente Jair Bolsonaro é quem defende a Justiça e o Direito no Brasil", disse Doria em entrevista coletiva.

Doria durante entrevista à Reuters, em São Paulo
 20/4/ 2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Doria durante entrevista à Reuters, em São Paulo 20/4/ 2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Ele falou no Centro de Operações da Polícia Militar antes de ir à Avenida Paulista para participar de protestos pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pelo envase no Brasil da vacina contra covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca com a Universidade de Oxford, atrasou as entregas do imunizante ao PNI após a demora na chegada do insumo farmacêutico ativo (IFA) da vacina, que chegou apenas no final de agosto. A expectativa da Fiocruz é retomar as entregas nesta semana.

No mês passado, o governo de São Paulo obteve liminar do ministro Ricardo Lewandowski determinando que o Ministério da Saúde enviasse ao Estado vacinas da Pfizer contra a covid-19 que o governo paulista afirmava ter direito no PNI. Na ocasião, o ministério disse que o envio em quantidade menor era uma compensação por doses retiradas a mais por São Paulo da CoronaVac, o que o Estado nega, e uma equalização no ritmo de vacinação entre os Estados.

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