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Edição especial da Charlie Hebdo será vendida no Brasil

10 mil exemplares da revista satírica serão comercializados por R$ 29,90 em 17 capitais

21 jan 2015 - 11h34
(atualizado às 11h36)
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As distribuidoras, bancas e livrarias brasileiras tentaram tanto que finalmente conseguiram: a edição especial da revista satírica Charlie Hebdo vai ser vendida no Brasil. Os 10 mil exemplares (todos em francês) chegarão ao País na próxima segunda-feira e poderão ser encontrados por R$ 29,90 nas lojas Saraiva, Livraria Cultura, FNAC e também nas principais bancas de São Paulo, Rio de Janeiro e outras 15 capitais. O impresso ainda estará à venda em outros 30 países, com tiragem internacional de 130 mil exemplares. 

Histórica, a edição é a primeira produzida após o atentado terrorista do dia 7 de janeiro que deixou 12 pessoas mortas na redação do veículo. Ela traz, na capa, uma caricatura de Maomé segurando uma placa que diz "Eu sou Charlie" e o título "Tudo está perdoado". Na França, uma tiragem de 5 milhões de exemplares foi disponibilizada na última quarta-feira (14). Todos esgotaram no mesmo dia.

No Brasil, a Charlie Hebdo será lançada pela Dinap, distribuidora nacional de produtos pertencente à holding DGB, que é a responsável pela distribuição de outras publicações internacionais, como Time, Vogue (Paris e Itália), The Economist, Elle, In Style, Harper’s Bazaar, L´officiel e National Geographic.

Negociações

Na semana de lançamento, o Terra relatou que algumas empresas nacionais estavam enfrentando dificuldades para conseguirem importar a publicação. Na ocasião, ela poderia ser encontrada apenas em sites de venda na internet - onde um exemplar chegava a custar R$ 34 mil

De acordo com Bruno Tortorello, diretor geral da Dinap, as negociações para trazê-la para o Brasil tiveram início há uma semana, quando houve intensa movimentação no País com clientes a procura de um exemplar. “Os brasileiros estão cada vez mais engajados e, com a chegada da edição histórica da Charlie Hebdo, eles terão acesso a esta grande mobilização mundial pela liberdade de expressão", disse. 

Fonte: Terra
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