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Eleitor de Lula, ambulante diz que escondeu toalhas do PT no 7 de setembro em Brasília

Desfile da Independência teve a participação de milhares de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Distrito Federal

7 set 2022 - 14h58
(atualizado às 15h03)
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O ambulante Rodrigo Carvalho de Brito diz que movimento garantiu boas vendas
O ambulante Rodrigo Carvalho de Brito diz que movimento garantiu boas vendas
Foto: BBC News Brasil / BBC News Brasil

Eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silvia (PT), o vendedor ambulante Rodrigo Carvalho de Brito, de 31 anos, aproveitou o feriado de 7 de setembro para incrementar o orçamento e foi vender camisetas e toalhas em alusão ao presidente Jair Bolsonaro (PL) próximo à Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

No porta-malas do carro, porém, há uma outra parte de suas mercadorias. "As toalhas do Lula eu deixei escondidas, né? Senão ia dar briga, aqui", diz o vendedor.

Brito mora na cidade satélite de Ceilândia. Ele diz ter trabalhado a vida toda como vendedor ambulante, principalmente na feira de outra cidade satélite, Taguatinga.

Na quarta-feira (7/9), ele diz que o movimento de apoiadores de Bolsonaro em direção à Esplanada garantiu boas vendas. "Já vendi 20 bandeiras só hoje, fora as camisetas", afirma.

Brito diz que decidiu esconder as toalhas com o rosto de Lula após ter visto, há alguns meses, dois homens brigando perto de sua banca.

"Um veio comprar uma toalha do Lula e o outro foi brigar com ele. Eu separei os dois mandei acabar com aquilo. Eu sou comerciante e não posso tomar partido ", conta.

Ambulante levou toalhas de Lula, mas preferiu esconder para não causar brigas
Ambulante levou toalhas de Lula, mas preferiu esconder para não causar brigas
Foto: BBC News Brasil / BBC News Brasil

Segundo ele, na feira de Taguatinga, as toalhas de Lula vendem mais que as de Bolsonaro. Ambas são vendidas a R$ 25.

"Aqui, eu só estou vendendo do Bolsonaro, mas, na feira, vendo as duas. De cada dez, seis são do Lula", diz.

Brito afirma que está inclinado a votar em Lula neste ano, mas sua mulher, que é evangélica, vem tentando convencê-lo do contrário.

"Eu, por mim, voto no Lula. No tempo dele, as coisas eram mais baratas. Mas ela (sua mulher) ouviu dizer que o Lula tá mexendo com macumba, terreiro. Está na TV, em todo lugar", diz Brito.

Segundo ele, a suposta vinculação de Lula com religiões de matriz africana está influenciando o voto dos evangélicos que conhece. "Está todo mundo falando isso. Isso vai dar ruim pra ele", disse.

- Texto orignalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62827950

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