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Elize trocou cano da arma após matar marido, diz delegado

29 nov 2016 - 17h16
(atualizado às 17h16)
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Foto: Vagner Magalhães / Especial para Terra

Depois de cinco horas de depoimento, o delegado Mauro Gomes Dias, responsável pelo inquérito que levou à prisão de Elize Matsunaga, em junho de 2012, reafirmou não ter dúvidas de que ela matou seu marido, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, e em seguida esquartejou o corpo. Ele disse ainda que ela trocou o cano da arma utilizada no crime para tentar despistar uma eventual perícia. Apesar de Elize ter confessado o crime, a defesa dela tentou desqualificar a investigação, que teria ficado basicamente restrita à confissão.

Em diversos momentos, a advogada Roselle Soglio questionou o trabalho de Dias e o conhecimento dele sobre as provas do crime. Também lembrou das brigas constantes do casal e insistiu no fato que a ré era traída conjugalmente. 

A objetivo é diminuir a pena de Elize em caso de condenação. Ela é acusada de homicídio doloso triplamente qualificado: por motivo torpe, meio cruel e recursos que dificultaram a defesa da vítima. 

Caso ela seja condenada por homicídio simples, com pena de 20 anos, é possível que ela deixe o regime fechado. Detida há mais de quatro anos, ela já cumpriu mais de um sexto da pena.

A polícia disse ter encontrado na casa de Elize sacos de lixo idênticos aos que foram utilizados para transportar as partes do corpo de Marcos, que após morrer com um tiro na testa, foi esquartejado.

O delegado diz que os sacos chamaram a atenção por serem diferentes dos comumente encontrados no comércio. "Eram sacos azuis, que tinham uma fitilha vermelha para fazer o fechamento".

Dias afirmou ainda que as imagens do circuito interno do prédio mostram que Elize chegou ao local ao lado do marido, que posteriormente desceu de elevador para buscar uma pizza. 

Segundo o delegado, houve indícios de que eles discutiram dentro do apartamento, já que Marcos chuta uma das paredes do equipamento. O crime teria acontecido quando ele retornou ao apartamento.

O crime 

O executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio de 2012. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo apuração inicial, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado. 

Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, então com 31 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho de 2012.

Fonte: Especial para Terra
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