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Em meio a crise no PSL, Bolsonaro diz que recebeu convite de vários partidos

18 out 2019 - 09h52
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que recebeu convites de vários partidos caso decida deixar o PSL, que atravessa uma crise interna entre dois grupos opostos, um ligado a Bolsonaro e outro ao presidente da sigla, o deputado federal Luciano Bivar (PE).

Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto
15/10/2019
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto 15/10/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Perguntado por jornalistas na saída do Palácio da Alvorada quantos partidos tinham feito convites, Bolsonaro disse que recebeu "vários convites". O presidente não citou nenhuma legenda especificamente na entrevista, que foi transmitida ao vivo no YouTube no canal de um apoiador de Bolsonaro.

Sobre reunião que teve com o ex-ministro Gilberto Kassab, que é presidente nacional do PSD, Bolsonaro disse que se tratou apenas de uma visita de cortesia.

O presidente também voltou a se negar a responder sobre a crise interna no PSL, dizendo que só fala sobre o assunto internamente.

Na quinta-feira, Bolsonaro decidiu tirar a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) da liderança do governo no Congresso, após o envolvimento da parlamentar na polêmica disputa sobre a liderança do PSL na Câmara, e substituí-la pelo senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

A mudança ocorreu depois de Joice ter assinado tanto uma lista para manter o deputado Delegado Waldir (GO), ligado a Bivar, como líder do partido na Câmara, como outra para derrubá-lo e substituí-lo por Eduardo Bolsonaro (SP), que é filho do presidente. No fim, a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara comunicou que Waldir segue como líder do PSL na Casa.

Bolsonaro teria se envolvido diretamente na disputa pela liderança do PSL para tentar emplacar o filho, de acordo com falas atribuídas ao presidente com parlamentares.

A disputa pela liderança do PSL na Câmara ocorre em meio a uma guerra aberta na legenda entre Bolsonaro e Bivar.

A crise teve início a partir de denúncias sobre irregularidades em campanhas do PSL, mas escalou na semana passada a um outro patamar quando Bolsonaro sugeriu a um simpatizante que esquecesse a sigla. Também afirmou que o presidente da legenda estava "queimado".

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